
A última do bad boy da Baixada Santista veio com a força de um tsunami e derrubou o treinador Dorival Junior. Ninguém, no entanto, sai ganhando nessa queda de braço; pelo contrário, todos perdem. Primeiro a diretoria, que não teve pulso firme para punir o jogador – as sequelas que a demissão do técnico poderão causar no grupo, cujo relacionamento não é dos melhores, são imprevisíveis. Em segundo o treinador, que perde em credibilidade por não ter sido respeitado em sua decisão de afastar o jogador por tempo indeterminado – diga-se de passagem, ele montou o time que encantou o país no primeiro semestre, conquistando dois títulos importantes. E, por fim, o próprio atacante, que jamais pode ver de novo a cor daqueles 35 milhões de euros oferecidos pelo Chelsea para levá-lo para o futebol inglês; afinal, quem pagaria uma fortuna para correr o risco de comprar um problema em vez de uma solução para o time?
Se nos gramados Neymar é um craque indiscutível, fora dele não passa de um adolescente mimado, acima do bem e do mal e que se julga o dono do time que, teoricamente, teria somente que defender em campo. Cuidado Mano Menezes, a próxima vítima pode ser você!
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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