terça-feira, 22 de junho de 2010

EMPRÉSTIMO DE DEFEDERICO PODE SER UMA BOA PARA O CORINTHIANS

Defederico custou cerca de US$ 5 milhões aos cofres do Corinthians e, apesar de ainda não ter justificado, dentro de campo, o investimento, dificilmente será liberado para atuar por outra equipe - o River Plate já manifestou interesse no empréstimo do meia atacante por um ano.

No que depender da vontade do gringo, a transferência pode ser concretizada a qualquer momento, tanto que inúmeras foram suas declarações enfatizando o desejo de retornar à Argentina. “Aqui não estou tendo espaço para jogar. Estou ficando mais no banco de reservas, e lá o treinador já me conhece. Seria mais fácil de conseguir jogar”, revelou em entrevista ao canal Fox Sports.

Embora seja visto com um grande potencial e sua ascensão é apenas uma questão de tempo, seria até bom que a diretoria do Timão repensasse a situação do jogador; quem sabe atuando, como titular, no River, seu verdadeiro futebol não reaparece e, consequentemente, surge a possibilidade de uma transferência para a Europa? Afinal, não é para render alguns milhões que ele foi contratado? Ficar nesse impasse é que não dá - o “menino” precisa de ritmo de jogo, o que dificilmente terá num elenco tão recheado de meias e atacantes como o do Corinthians.

José Donizetti Morbidelli
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

BRASIL NOTA DEZ, DUNGA NOTA ZERO

É até compreensível que muitos técnicos de futebol não gostem de dar entrevistas coletivas após os jogos, especialmente quando suas seleções não fizeram um bom jogo e toda a imprensa mundial está à busca de explicações. Não é o caso do Brasil que, contra a Costa do Marfim, fez até agora a sua melhor partida na Copa da África, credenciando-se definitivamente como uma das favoritas ao título. Como explicar, então, esse constante mal-humor do técnico Dunga, maquiado por um sarcasmo em forma de risinho sem graça e revestido de uma prepotência inerente a quem se julga viver acima do bem e do mal? Dessa vez, ele não somente foi arrogante com a imprensa como extrapolou todos os limites da indelicadeza. A vítima, o jornalista Alex Escobar, competente profissional da TV Globo e SporTV, que ali simplesmente cumpria seu papel de jornalista - e porque não dizer também, de torcedor, como todo brasileiro. Sabe-se lá por que motivo - ao que parece, um mal-entendido -, o Sr. Dunga interrompeu a entrevista coletiva para insultar o repórter. E foi além: sem perceber que o microfone da sala de imprensa estava ligado, começou a balbuciar palavrões, numa postura nada condizente com a de um comandante da Seleção Brasileira. Reprovável, para não dizer patética!

Na verdade, Dunga nunca foi unanimidade à frente da Seleção, e mesmo depois de quatro anos no comando com resultados expressivos - diga-se de passagem -, ele ainda parece não ter aprendido a conviver com as críticas. No dia 20 de junho, após a bela vitória contra os “leões africanos” em Johannesburgo, aquele que deveria servir de exemplo aos seus comandados simplesmente envergonhou o país - esse é o sentimento que fica para aqueles que, como eu, assistiram à entrevista.

Em vez de criticarem enfaticamente os jogadores argentinos e o técnico Maradona por suas declarações um tanto quanto contundentes - às vezes, até mesmo provocativas -, é bom os brasileiros começaram a notar o que acontece nos bastidores da própria Seleção Brasileira. Provocar ainda faz parte do jogo; agora, insultar, chamar a atenção e o pior, usar palavras de baixo calão contra quem quer que seja, é intolerável.

É claro que o povo brasileiro vai continuar torcendo pelo hexa do Brasil. Entretanto, torcer por um treinador deselegante e despreparado emocionalmente fica muito difícil!

José Donizetti Morbidelli
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sexta-feira, 18 de junho de 2010

ARGENTINA JOGANDO AO RITMO DAS VUVUZELAS

Depois da Copa de 1986, disputada no México, praticamente as torcidas do mundo inteiro se aderiam à “ola”, aquele movimento que vem das arquibancadas simulando uma onda gigante - e que só tem graça com o estádio cheio, claro. Pois bem, a “ola” fazia parte da cultura futebolística mexicana e agora faz parte da cultura mundial. Na África do Sul, a bola da vez pode até ser a Jabulani, mas a vedete da Copa é, sem dúvidas, a vuvuzela, com seu som estridente - perturbados para muitos -, mas inegavelmente admirável.

Se a moda das vuvuzelas vai pegar como a “ola” mexicana só o tempo vai dizer, mas que pelo menos por enquanto é um sucesso, disso ninguém duvida. E não somente na África; por aqui também, são vendidas aos milhares - talvez milhões -, ainda mais quando as cores se misturam, a do pais anfitrião com as Seleção Brasileira.

Entretanto, deve-se ter muita cautela nas comemorações, para não sucumbir diante de uma desclassificação prematura - o que não seria nenhum absurdo diante do futebol apresentado até agora pelo Brasil. No México, quando a “ola” virou moda, a Argentina foi a campeã? E agora, com uma nova moda, será que a história se repetirá? Os números estão dizendo que sim e as vuvuzelas também, tanto que quando os hermanos jogam, elas soam muito mais alto.

José Donizetti Morbidelli
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quinta-feira, 17 de junho de 2010

MORUMBI: O BARATO SAI CARO

Como sempre faz questão de frisar o presidente Juvenal Juvêncio, o São Paulo é um time diferenteeeeee!!! Realmente o é; afinal, o mesmo estádio que já acomodou - tipo lata de sardinha, é verdade - 146.072 mil pessoas em 1977 no jogo entre Corinthians e Ponte Preta, acaba de ser excluído da Copa do Mundo de 2014 pelo Comitê Organizador. Motivo? Falta de garantias financeiras para viabilizar a reforma: enquanto que o projeto completo custaria algo em torno de R$ 630 milhões, o São Paulo apresentou uma alternativa bem mais modesta, com custo aproximado de R$ 270 milhões. Resultado: o novo projeto nem foi ou será considerado. Pois é, como diz aquela máxima popular: “o barato sai caro”. Golpe duro para a diretoria e os torcedores são-paulinos, comparada até à perda de um título importante. Primeiro porque os dirigentes sonhavam com a reforma - e ainda podem fazê-la, com ou sem Copa do Mundo -, e segundo porque os tricolores poderiam se orgulhar e tirar um pouco de onda com os adversários.

Agora, crescem os rumores da construção de uma nova arena para que a maior cidade do país não fique de fora da festa - sem dinheiro público, como enfatizou Gilberto Kassab -, e a primeira opção seria no bairro de Pirituba, zona oeste da capital. Assim que seja decretada a mais nova campeão mundial em território africano, será realizada uma reunião entre o prefeito, o governador do Estado Alberto Goldman e o presidente da CBF Ricardo Teixeira, com o objetivo de discutir o assunto; quem sabe definir de vez a situação, já que ninguém mais aguenta essa novela.

Embora esteja prestes a aprovar uma proposta para a construção da tão sonhada casa corinthiana, o presidente Andrés Sanchez garante que não preiteia que a abertura da competição seja na arena do Timão. “O Corinthians vai construir o seu estádio, mas não será o da abertura da Copa. Pode até ser utilizado em 2014, se eles quiserem, mas não na abertura”, afirmou lá de Johannesburgo, onde chefia a delegação da Seleção Brasileira. Ele pode até ter dito isso, mas até lá muita coisa ainda pode acontecer.

José Donizetti Morbidelli
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quarta-feira, 16 de junho de 2010

CALA A BOCA, GALVÃO

Que Galvão Bueno, a maior estrela global do esporte não conta com a simpatia de todos os brasileiros, isso não chega a ser nenhuma novidade. Seja em qualquer estádio, o narrador tem sido constantemente achincalhado por um grupo de torcedores; talvez seja por isso que a emissora o tenha tirado de algumas narrações importantes - do Brasileirão, por exemplo -, deixando a responsabilidade a seu substituto imediato Cléber Machado.

Só que em Copa do Mundo, especialmente em jogos da Seleção Brasileira, não tem para ninguém: quem manda é o Galvão! E mais uma vez, mesmo tão longe do país, ele foi hostilizado, não com cantorias da torcida como é comum por aqui, mas com uma faixa com os dizeres: “Cala a boca, Galvão”.

Misteriosamente a tal faixa praticamente desapareceu minutos após o início da estreia do Brasil, como se alguém a tivesse retirado. Por força da Rede Globo? Acredito que não; afinal, ali é território FIFA e manifestações de qualquer natureza são permitidas, desde que não descambem para a violência e para o preconceito. Em Johannesburgo, a brincadeira ficou só na gozação - aliás, como sempre deve ser.

José Donizetti Morbidelli
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terça-feira, 15 de junho de 2010

ESPECULAÇÕES E DUELOS DE BASTIDORES MANTÉM FUTEBOL NACIONAL AQUECIDO DURANTE A COPA

Depois de cerca de dez dias de descanso, os jogadores corinthianos estão de volta ao batente - o time fará um intertemporada em Águas de Lindóia, interior de São Paulo. Algumas novidades marcaram a reapresentação do elenco, como a integração de três jogadores da categoria de base - o zagueiro André Vinicius, o meia William e o atacante Taubaté. Entretanto, se houve promoções também houve baixas, e os laterais gringos Balbuena e Escudero, além de Marcelo Mattos foram liberados para assinar com qualquer outro time. O volante, inclusive, está sendo sondado pelo Botafogo.

E enquanto as atenções do futebol mundial continuam voltadas para a África do Sul, por aqui as especulações continuam. Fala-se muito da possível saída de Dentinho, Jucilei, Elias e Chicão, mas de concreto mesmo, até agora não há nada, para a tranquilidade da Fiel. A renovação de contrato de Paulo André está bem adiantada e parece uma questão de tempo, enquanto que a chegada de reforços é tratada em segredo, e o que se sabe nada mais é do que mera especulação jornalística. Anderson Polga, Keirrison; e agora do centroavante Ricardo Oliveira e do argentino Riquelme, que o próprio Timão já tentou contratar no início do ano, estão sendo ventilados na imprensa, embora os dirigentes neguem qualquer contato. Aliás, se realmente houver interesse pelo hermano, a briga deve boa, já que vários clubes brasileiros parecem dispostos a tentar seduzi-lo a jogar no Brasil.

Pelo jeito, enquanto o Brasileirão não recomeça é o duelo de bastidores que promete manter o futebol nacional aquecido. Nesse meio-tempo, saem os atletas e entram os dirigentes; e o pior é que cartolas também podem dar outros rumos ao campeonato!

José Donizetti Morbidelli
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segunda-feira, 14 de junho de 2010

CONSELHO DELIBERATIVO DO CORINTHIANS DEVE SE REUNIR PARA AVALIAR PROPOSTA DE ESTÁDIO

Até 1º de setembro - dia em que o Corinthians completa 100 anos - a diretoria pretende, finalmente, levar a público o projeto definitivo para a construção da arena corinthiana. Assim como a Libertadores, ao longo dos anos assuntos relacionados a estádio têm sido motivo de piada, principalmente por parte dos torcedores adversários; contudo, dessa vez parece que é mesmo pra valer. Na mesa, uma proposta concreta de um grupo de empresas, lideradas pelo banco português Banif, e que conta com a experiência da Hochtief, construtora de origem alemã que traz em seu portfólio obras como os aeroportos de Dusseldorf e Hamburgo, além das arenas do Kaiserslautern e Dortmund. Segundo consta, o terreno já teria sido comprado e averbado em cartórios de São Paulo e Guarulhos, além dos investidores terem também protocolado o projeto na Prefeitura para a realização dos trâmites burocráticos de aprovação.

De acordo com o projeto, o estádio, localizado a apenas dois quilômetros do Parque São Jorge, terá capacidade para 56 mil torcedores. E, embora o presidente Andrés Sanchez despiste, poderá até servir de opção para receber jogos da Copa do Mundo de 2014 – já que o Morumbi está praticamente descartado. Embora essa proposta seja a mais viável até agora, a diretoria também não descarta outras alternativas, como a construção de uma arena no terreno de Itaquera, onde funciona o CT das categorias de base do clube. Por trás desse projeto, estariam a construtora Odebrecht e o Grupo Advento. Já, a proposta da Gafisa que previa a construção de uma arena onde hoje se localiza o Playcenter, na Barra Funda, está praticamente descartado.

Até o final do mês os dirigentes pretendem se reunir para discutir as propostas, já que o prazo pra definição da proposta do Banif com a Hochtief expira em 10 de agosto. E como Andrés Sanchez, que acompanha a Seleção Brasileira na África do Sul, deu carta branca aos que o substituem, é bem provável que haja algumas novidades interessantes para os corinthianos.

José Donizetti Morbidelli
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sexta-feira, 11 de junho de 2010

A COPA DO DESEMPATE

Em 2010 está sendo disputada a 19ª Copa do Mundo, dando números octogenários à maior competição esportiva do planeta, já que a primeira edição foi disputada no Uruguai em 1930. Até agora foram nove conquistas européias - Itália (4), Alemanha (3), Inglaterra (1) e França (1) - e nove sul-americanas - Brasil (5), Uruguai (2) e Argentina (2). Na África do Sul, ou seja, em território neutro, europeus e sul-americanos brigam pelo desempate - se bem que por aqui é cada um por si, nem brasileiros torcem pela Argentina, muito menos argentinos torcem pelo Brasil.

Do lado dos que estão do lado de lá do Atlântico, a Itália - última campeã - e a Alemanha sempre aparecem como favoritas; no entanto, muitos estão apostando as fichas na Espanha e na Holanda, que nunca tiveram o gostinho de erguer a taça. Há ainda Inglaterra, Portugal, França, enfim, não faltam candidatos pra lá de credenciados.

Na América do Sul, as maiores atenções estão direcionadas ao pentacampeão Brasil e à Argentina. Salvo alguma grande surpresa, o resto deve ficar numa posição intermediária, assim como os participantes de outros continentes, incluindo a anfitriã África do Sul. Mas como em futebol nada é previsível, tudo pode acontecer. E, pelo bem da competição, uma surpresa até que seria muito bem-vinda.


José Donizetti Morbidelli
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quinta-feira, 10 de junho de 2010

HERMANOS NÃO SAMBAM, HERMANOS DANÇAM TANGO

Dificilmente os caminhos entre Brasil e Argentina irão se cruzar antes de uma eventual final da Copa do Mundo, mas a troca de farpas já começou e promete esquentar bastante o clima no decorrer da competição. Durante entrevista coletiva realizada em Pretória, o volante Verón não deixou de dar uma cutucadinha nos rivais sul-americanos: “Temos que jogar bola. Não sambamos em campo, senão me parece que só ganhariam os de amarelo”, disse, zombeteiramente.

No país do tango, a confiança é enorme, talvez até maior do que o próprio ego dos jogadores porteños. Parece que, pelo menos no papel, a Argentina está mais bem preparada do que o Brasil. Só no ataque, a equipe comandada por Diego Maradona conta com um grupo de fazer inveja a qualquer outro treinador, inclusive o brasileiro: Lionel Messi (Barcelona), Carlito Tevez (Manchester City), Diego Milito (Inter de Milão), Sergio Aguero (Atlético de Madrid), Gonzalo Higuaín (Real Madrid), além do veterano Martin Palermo (Boca Juniors).

O último encontro entre os rivais, em Copa do Mundo, aconteceu em 1990, na Itália. Na ocasião, Maradona e Caniggia levaram a melhor e mandaram o Brasil mais cedo para casa; dessa vez, como jogo não se ganha de véspera, tudo pode acontecer. Mas que os hermanos vêm muito fortes, disso não resta a menor dúvida.

José Donizetti Morbidelli
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quarta-feira, 9 de junho de 2010

SEGUNDO DIRIGENTE ITALIANO, KEIRRISON PODE REFORÇAR O TIMÃO

Diante da eminente ameaça da perda de alguns jogadores durante a temida janela de transferência do meio do ano - o mais cotado para deixar o Timão é o atacante Dentinho -, a diretoria corinthiana já começa a arquitetar algumas metas para que o time se sucumba diante dos adversários na briga pelo Brasileirão, como aconteceu no ano passado depois das saídas de André Santos, Cristian e Douglas.

Para o lugar de Dentinho, caso a negociação realmente se confirme, o nome da vez é o do atacante Keirrison, que despontou como grande promessa no Coritiba, transferiu-se para o Palmeiras mas logo foi negociado com o futebol europeu. Prestes a reformular seu elenco, a Fiorentina não irá aproveitá-lo na temporada italiana e, segundo um dirigente local, dois times brasileiros e um espanhol demonstraram interesse em contratá-lo. Dos brasileiros, um é o Corinthians.

A princípio, tudo não passa de mera especulação, mesmo porque nesse mês as atenções estarão todas voltadas para a Copa do Mundo. Para qualquer torcedor corinthiano, o melhor mesmo é que não haja nenhuma baixa significativa no atual elenco, mas que Keirrison cairia bem no ataque alvinegro, disso não resta dúvidas.

José Donizetti Morbidelli
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terça-feira, 8 de junho de 2010

A POLÊMICA DA JABULANI

Depois de tantas controvérsias e declarações impensadas de alguns jogadores, felizmente parece que chegou ao fim a polêmica com a bola da Copa do Mundo – a tal Jabulani, que no idioma do povo sul-africano zulu, significa “celebrar”. Luis Fabiano chegou a chamá-la de “bola sobrenatural” por mudar de trajetória - agora, pelo menos de acordo com o companheiro Kaká, o centroavante até já a beija. Questão de convivência! Julio César foi além; só faltou botar fogo na coitada depois de denegrir sua imagem, chamando-a de “jaburu” - na linguagem popular, jaburu é sinônimo de mulher feia.

Tantas críticas parecem ter uma explicação lógica e, a se confirmar, a gorduchinha – como diria Osmar Santos - estaria sendo usada como cobaia para troca de farpas entre distribuidores de materiais esportivos. Tanto Luis Fabiano como Júlio César são patrocinados por empresas concorrentes à fornecedora da bola. Por sua vez, para Kaká, que joga no mesmo time da Jabulani, não ficaria nada bem fazer parte dessa polêmica.

Se a intenção dos críticos era desfazer do material, o tiro parece ter saído pela culatra, tanto que agora todo mundo quer conhecer a famosa bola oficial da Copa do Mundo. E o preço disparou; praticamente ninguém a encontra em nenhuma loja por menos de R$ 400. Entre os peladeiros, que opinaram em diversas reportagens televisivas, destaco a frase de um garoto das praias cariocas, que não me recordo do nome, mesmo porque provavelmente a edição não lhe deu os devidos créditos: “Para quem sabe jogar, qualquer bola serve”, disse ele, mais ou menos com essas palavras.

José Donizetti Morbidelli
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segunda-feira, 7 de junho de 2010

EXPECTATIVA PARA O ENCONTRO DO LÍDER E VICE-LIDER NA VOLTA DA COPA

Depois de sete rodadas, as emoções do Brasileirão cedem lugar à disputa da Copa do Mundo. No entanto, apesar de mais de um mês de interrupção, os torcedores cearenses já começam a vislumbrar o confronto do Ceará contra o Corinthians, jogo que será disputado no dia 14 de julho e que vale a liderança da competição. Certamente, o Castelão ficará pequeno para o duelo entre o melhor ataque - o Timão, até agora, marcou 15 gols - e a melhor defesa - o Vovô só foi vazado uma única vez. Ambos somam 17 pontos, e nos critérios de desempate a liderança pertence à equipe paulista.

Se para um time grande, estar à frente de uma competição nacional não chega a ser nenhuma surpresa, para um do bloco intermediário - e que acabou de subir da Série B -, a campanha supera qualquer expectativa do mais otimista dos torcedores. Apesar de dificilmente conseguir manter o mesmo ritmo até o final do campeonato, pelo menos até agora o Ceará tem feito muito bem o dever de casa e beliscado pontos importantes como visitante. Foi assim nos empates contra Santos e Goiás, e na vitória contra o Atlético Mineiro.

Por sua vez, desde a campanha do bicampeonato 98-99 que o Corinthians não tem um início tão bom na competição. Em 1998, comandado por Vanderlei Luxemburgo, o Alvinegro só foi derrotado na décima rodada, pelo Bragantino;
No ano seguinte, sob a batuta de Oswaldo de Oliveira, foram sete vitórias nas sete primeiras rodadas. Um retrospecto animador para quem busca o pentacampeonato; resta saber se essa gordurinha será mantida ou ampliada após a Copa; afinal, o campeonato está apenas começando.

OBS: Com a paralisação do Campeonato Brasileiro, durante o mês de junho, meus artigos também serão direcionados à Copa do Mundo.

José Donizetti Morbidelli
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sexta-feira, 4 de junho de 2010

RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE CHICÃO É UMA NECESSIDADE

Contratado junto ao Figueirense em dezembro de 2007 logo após o rebaixamento para a Série B, em pouco tempo o zagueiro Chicão conquistou a exigente torcida corinthiana, com um futebol que alia raça, técnica e muita determinação tática. Com William, o moço de Mogi Guaçu - que completou 29 anos no feriado de Corpus Christi, 3 de junho - tem formado uma das sagas mais seguras do futebol brasileiro dos últimos anos, tanto que o Timão figura constantemente entre os times menos vazados nas competições que tem disputado desde a formação da dupla. Só que toda essa segurança defensiva pode estar com os dias contatos. Não que haja uma proposta oficial pelo jogador, mas porque seu contrato termina no final do ano e, de acordo com o que determina a lei Pelé, a partir de julho ele pode assinar um pré-contrato com qualquer outro clube.

É claro que a preferência de Chicão é continuar no Corinthians, onde está muito bem aclimatado e até ganhou a insígnia de “zagueiro-artilheiro”. Com mais de 30 gols, ele é o segundo beque que mais chegou às redes adversárias na história do time - perde apenas para Pedro Gané, defensor da década de 1930, que marcou 50 vezes. Seu gesto característico de morder o distintivo durante as comemorações até virou moda!

Ídolo? Basta perguntar a qualquer corinthiano para saber a resposta. Aliás, desde a época do paraguaio Gamarra, campeão brasileiro pelo Timão em 1998, que a Fiel não faz de um zagueiro um de seus novos xodós. Chicão chegou e conquistou, e para continuar fazendo história no Parque São Jorge e se transformar no maior defensor-artilheiro do clube, a renovação de seu contrato não pode ser tratada como apenas um detalhe, mas como uma necessidade.

José Donizetti Morbidelli
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quarta-feira, 2 de junho de 2010

TEM MUITA GENTE ENTRANDO DE GRAÇA EM JOGOS DO CORINTHIANS

Dos 30.103 torcedores que compareceram no Pacaembu no último domingo, dia 30/05 para assistir ao clássico Corinthians e Santos, 27.681 pagaram ingresso - ou seja, cerca de 8% entraram de graça. Uma semana antes, contra o Fluminense, foram 2.945 os felizardos, sortudos ou protegidos - cada um chama da maneira que quiser. A questão é que tem muita gente entrando na faixa em jogos do Corinthians: convidados, conselheiros, filhos e netos de conselheiros, dirigentes, enfim...

Não muito longe do Paulo Machado de Carvalho, se esses “privilegiados” pagassem ingresso em jogos da Portuguesa no Canindé, de alegria os dirigentes lusitanos estariam dançando o fado. E já que a diretoria corinthiana faz sempre questão de enaltecer a seriedade e transparência administrativa, colocando números e balancetes à mesa para quem quiser ver, é bom que a torcida - aquela que paga ingresso com seu suado dinheirinho - saiba quem são esses corinthianos que gostam de torcer, mas não querem saber de enfiar a mão no bolso.

Uma rápida projeção só para dar uma ideia do que isso significa em termos de receita: se a tendência continuar assim, pela média de não-pagantes dos dois últimos jogos, ao final do campeonato seriam 50.977 beneficiados (2.683 x 19). Revertido em dinheiro pelo valor do ingresso mais barato - R$ 30,00 -, daria algo em torno de 1,5 milhão. Conclusão: estão passando a perna no Timão. É bom ficar de olho!

José Donizetti Morbidelli
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terça-feira, 1 de junho de 2010

TIMÃOZINHO TEM PASSAPORTE E É CAMPEÃO MUNDIAL

O primeiro título do Corinthians no ano de seu centenário não veio da equipe principal como a torcida queria - e ainda o quer; afinal, o time é líder do Brasileirão -, mas mesmo assim não deixou de ser muito comemorado. Não por menos, pois se trata de uma conquista internacional - o Campeonato Mundial de Clubes Categoria Sub-18.

Com 100% de aproveitamento, para chegar à final da competição, realizada na Espanha, o Timãozinho teve que passar pelo anfitrião Real Madrid além de superar o Boca Juniors nas seminais; no jogo decisivo, disputado no último domingo, 30 de maio, mesmo com dois jogadores expulsos a equipe do técnico José Augusto - que conta com o ala esquerdo Dodô, já promovido ao time principal - bateu o Chivas, com gol de cabeça assinalado pelo jovem Kelvin após cobrança de escanteio.

Se a taça não serve tanto assim de alento para a torcida que, após o fiasco do time no Paulistão e, sobretudo, na Libertadores, chegou a entoar o coro de que “Brasileiro agora é obrigação”, pelo menos o centenário não passará completamente em branco. E se os adversários costumam dizer que o Corinthians não tem passaporte - justamente por nunca ter conquistado o torneio continental -, os “meninos do Parque São Jorge” já carimbaram o deles.

José Donizetti Morbidelli
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