sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

CAMPEÃO DE ARRECADAÇÃO

Para o corinthiano, nem mesmo a modesta 10ª colocação no Brasileirão foi capaz de apagar o brilho das conquistas do Paulistão, de forma invicta, e da Copa do Brasil, com um futebol de encher os olhos de qualquer torcedor. Se dentro de campo os resultados obtidos foram mais surpreendentes do que muitos esperavam, fora das quatro linhas a diretoria também tem muito o que comemorar. Juntamente com o Flamengo - que levou bem mais torcedores ao estádio, levando-se em conta a campanha vitoriosa e a grande capacidade do Maracanã -, o Corinthians foi o grande campeão de bilheteria do ano. No Pacaembu, a média de arrecadação chegou a 670 mil reais por partida, números que já até começam a soar como insignificantes diante das projeções que a diretoria está fazendo para a próxima temporada.

No ano de seu centenário, o Timão prevê uma arrecadação de R$ 200 milhões, sem contar as participações publicitárias que cabem ao atacante Ronaldo e eventuais negociações envolvendo jogadores. Números para lá de expressivos, recorde para os padrões nacionais e capazes de causar inveja a grandes clubes do futebol internacional.
Para que essas cifras exorbitante saiam do papel, é preciso que o time corresponda nos gramados - como aconteceu no primeiro semestre. A conquista da Libertadores é o primeiro grande passo para que as fontes não sequem e mantenham os cofres abarrotados - aliás, vendo pelo lado financeiro, a competição sul-americana não deve ser uma obsessão só para os torcedores.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SEM SÃO MARCOS QUEM PODERÁ PARAR O TIMÃO NA LIBERTADORES?

Grande carrasco do Corinthians na Libertadores - ele foi o maior responsável pela eliminação do rival em 1999 e 2000 -, o goleiro Marcos deverá assistir a próxima edição da competição sul-americana pela televisão, já que o Palmeiras está fora da disputa. Torcer contra, possivelmente, como tantos milhões de brasileiros. Entretanto, dessa vez pouco ele poderá fazer para impedir que o rival conquiste a América pela primeira vez em sua história.

Os demais algozes - Boca Juniors, River Plate e Grêmio -, responsáveis pela eliminação do alvinegro em outras edições, também não estão credenciados para a competição. Assim, levando em consideração que o São Paulo é um "eterno" freguês do Timão em jogos eliminatórios, sobram poucos adversários capazes de impedir a conquista corinthiana: os mais cotados, talvez, sejam - com todo o respeito ao Cruzeiro e ao Flamengo - o Internacional, além dos argentinos Vélez Sarsfield e Estudiantes - o atual campeão.
Para o ano do centenário, a diretoria e a comissão técnica corinthiana têm planejado tudo minuciosamente, desde a qualificação do elenco, passando por estratégias de marketing e regras de comportamento para o grupo. O resultado de todo esse empenho será conhecido em meados do ano que vem; e com o "Marcão" à distância, as coisas tendem a ser bem mais fáceis.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

LEILÃO PELO MEIA DANILO É INACEITÁVEL

Depois de garantir contratação de Roberto Carlos, Tcheco, Iarley e Ralf, o Corinthians está prestes a anunciar a chegada do meia Danilo, que acaba de se desligar do Kashima Antlers, do Japão. Apesar de garantir prioridade nas negociações ao alvinegro paulista, o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, diz que pretende ouvir propostas de outros clubes interessados. Certamente, um deles é o São Paulo - em sua passagem pelo Morumbi, Danilo ajudou na conquista da Taça Libertadores e do Mundial de Clubes, em 2005.

Jogador de futebol adora quando tem o passe disputado por duas ou mais equipes; além de fortalecer o ego, isso resulta em melhores contratos e, consequentemente, salários mais robustos. Agora, desembolsar 1 milhão de reais por mês para Riquelme - com ajuda de patrocinadores - é uma coisa; pagar, sei lá, R$ 200 mil para Danilo é completamente diferente. Bom jogador ele é, mas longe de ser craque - no Timão teria que disputar posição com Tcheco, enquanto que o argentino chegaria com status de titular. Mas, já que está tão difícil tirar Riquelme do Boca Juniors...

No entanto, inaceitável seria entrar num leilão, seja com São Paulo ou qualquer outro clube, para assegurar a contratação do meia. Afinal, há mais opções do mesmo nível que ele, ou até melhores. Só para citar alguns: Alex, ex-Internacional; o próprio William, do Shakhtar (Ucrânia), que até já manifestou vontade de retornar ao Parque São Jorge; Zé Roberto, do Hamburgo; enfim, basta procurar e ver as condições.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

UMA FESTA DE MUITAS ESTATÍSTICAS, ALGUMAS ALFINETADAS E SEM CORINTHIANOS

Entre os indicados aos melhores do Campeonato Brasileiro, apenas dois corinthianos: Chicão, indicado a melhor zagueiro; e Ronaldo, a melhor atacante - detalhe: ambos não compareceram à festa promovida pela CBF, no Rio, para premiar os jogadores que se destacaram e entregar os troféus de campeão - das séries A, B, C e D - aos seus legítimos donos.

Estatísticas não faltaram por parte dos apresentadores – os atores globais Tony Ramos e Marcelo Anthony -, números esses que, diga-se de passagem, nada agregavam à festa. Melhor, então, se valer pelas imagens, como a bela festa da torcida campeã; pela presença dos atletas no palco - o agora corinthiano Iarley subiu sozinho, já que tanto Ronaldo como Adriano (o melhor da posição) estavam... sabe-se onde!; pela descontração da entrega do prêmio ao bola cheia e bola murcha do ano, e por algumas alfinetadas - como o presidente vascaíno, Roberto Dinamite, que destacou o tabu de 17 nos sem título do rival; a crítica à atual fórmula da competição, disparada pelo flamenguista Márcio Braga; e a ênfase de que o Flamengo é hexa-campeção, e não penta, como alguns defendem.

Se no primeiro semestre o Corinthians era considerado o suprassumo do futebol brasileiro, na festa o alvinegro paulista não passou de mero coadjuvante. Até o Coritiba e o Fluminense, que quase foram rebaixados, tiveram maior representatividade. Justo; afinal, o time de Mano não fez nada para merecer qualquer destaque na competição.

A festa “carioca” só não esteve completa porque, quando todos esperavam que Petkovic levasse o prêmio de craque do campeonato; eis que surge um palmeirense, daqueles que fazem gols do meio de campo, para abocanhar o prêmio. Talvez tenha sido uma surpresa até para Diego Souza, mas certamente ele trocaria o troféu por uma melhor sorte de seu time. Bem, isso é uma outra história.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

UM VOTO DE CONFIANÇA PARA SOUZA

Ao lado do argentino Defederico, ele foi o destaque da vitória dos "reservas" do Corinthians sobre o Atlético Mineiro na rodada de encerramento do Brasileirão 2009. Autor de dois gols, bons passes e muita disposição num campo encharcado, Souza mostrou ao treinador que tem condições de continuar no Corinthians na próxima temporada.

Entretanto, a situação do centroavante ainda é delicada, principalmente pelo alto salário - ele ganha cerca de 170 mil reais mensais e, embora tenha entrado bem no decorrer de alguns jogos, não balançou tanto as redes como a torcida e a própria comissão técnica esperavam. A seu favor, pesam o excelente relacionamento com o grupo, a disciplina nos treinamentos e, agora, a bela despedida da temporada.

Não é segredo que o Corinthians procura mais um atacante, e de alto nível, para compor o elenco, mas por que não dar mais um voto de confiança para Souza? Afinal, a temporada promete ser longa e desgastante. Além disso, na proposta da diretoria de montar dois times de qualidade para a disputa do Paulistão e da Libertadores - que acontecem quase que simultaneamente -, uma peça a mais no ataque pode se tornar um diferencial importante.

José Donizetti Morbidelli
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O PONTAPÉ INICIAL DA COPA DO MUNDO

Definida a estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2010: será na cidade de Johanesburgo contra a Coréia do Norte; em seguida, os comandados de Dunga enfrentam a forte seleção da Costa do Marfim no mesmo estádio, e encerram a participação na primeira fase contra Portugal, em Durban.

Se quem quer ser campeão não pode escolher adversários, os brasileiros não podem ficar lamentando pela definição de seus adversários; pior seria se estivesse na pele dos anfitriões, que terão pela frente o México, o Uruguai e a França. A se basear pelos retrospectos, dificilmente os sul-africanos conseguirão avançar à segunda fase; mas, como futebol é jogado e lambari é pescado - como diz o dito popular -, tudo pode acontecer.

Na segunda fase – considerando, claro, que se classifique - o Brasil deverá pegar Chile ou Suíça, isso se nenhum dos dois desbancar a favorita Espanha da primeira colocação do seu grupo. É bom tomar cuidado, pois o futebol chileno já demonstrou uma grande evolução nas eliminatórias; quanto aos suíços, dá para aplicar um chocolate sem muito esforço.

Ficam aí as aposta, pois a sorte de cada uma das 32 seleções está lançada. E até 11 de junho - dia do meu aniversário -, muita coisa ainda pode acontecer. Se bem que, a pouco mais de seis meses do mundial, qualquer mudança drástica - como troca de treinador, contusões, enfim - poderá comprometer todo o trabalho de longos anos.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A TRISTE DESPEDIDA DE CORINTHIANS E ATLÉTICO MINEIRO

Corinthians e Atlético Mineiro chegam à última rodada do Brasileirão cumprindo tabela, numa condição nem um pouco condizente com suas grandezas e com campanhas muito aquém daquelas que seus fiéis torcedores almejavam. O Galo até que começou bem a competição e chegou a assumir a liderança com um futebol convincente, mas não conseguiu manter o mesmo ritmo, principalmente no segundo turno. E o que é pior, viu seu principal rival engatar uma terceira e chegar a uma posição que lhe permite brigar pela última vaga entre os representantes brasileiros na Libertadores. Já a fraca campanha do Corinthians encontra desculpa no bom desempenho do primeiro semestre, que lhe rendeu o título da Copa do Brasil e a vaga antecipada para a principal competição sul-americana. Diga-se de passagem, tal justificativa não convence; o fato é que o futebol apresentado pelo time está muitooooo longe daquele do início do ano.

Resta agora, tanto para atleticanos como corinthianos, cujos objetivos para a próxima temporada são bem distintos, arrumar a casa para não fazer feio novamente. O Timão sonha com a Libertadores e, ao que parece, esse sonho nunca esteve tão próximo de se tornar realidade - até esteve em 1999 e 2000, mas parou nas mãos do palmeirense Marcos. Por sua vez, o Galo precisa voltar a ser grande, primeiro conquistando o regional das Minas Gerais, para depois apostar as fichas na Copa do Brasil.

Mas que ninguém se iluda, achando que vai ser fácil. Os alvinegros terão, certamente, um árduo caminho pela frente. Portanto, mãos à obra!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PORTUGAL ESTÁ FAZENDO MUITO BEM A LULINHA

Nas categorias de base do Corinthians e da seleção brasileira Lulinha era considerado um fenômeno, tanto que chegou a marcar cerca de 300 gols. Mas foi só subir para o time principal - numa tremenda fria, já que naquele ano o time foi rebaixado - que a promessa de craque parece ter naufragado diante de tamanha expectativa. E o atacante, além de amargar a reserva, ainda teve que conviver com a dura crítica de muitos torcedores.

Emprestado, nos meados do ano, para o modesto Estoril, que disputa a Segunda Divisão em Portugal, aos poucos Lulinha parece estar reencontrando sua confiança e seu bom futebol. Tranquilo e com liberdade de movimentação em campo e para finalizar, como ele mesmo afirma, o garoto já balançou as redes mais vezes do que quando atuou pela equipe principal do Corinthians.

A decisão de emprestá-lo parece ter sido uma medida muito sensata por parte da diretoria; afinal, a experiência no competitivo futebol europeu - mesmo não defendendo uma equipe de ponta - poderá trazer muita maturidade ao jogador, que em breve deverá integrar novamente o elenco corinthiano e tapar a boca de muitos que antes o criticavam. Afinal, quem já fez tantos gols nos tempos de juvenil pode muito bem repetir a dose como profissional. Futebol ele tem, e muito!

Talvez ainda não seja o momento de Lulinha voltar para a disputa da Libertadores, uma vez que o ataque corinthiano vai estar bastante concorrido na próxima temporada. Mas é só uma questão de tempo para que o garoto se transforme em homem e retorne para cumprir o seu propósito, que é dar muitas alegrias à fiel torcida.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O QUE VOCÊ ACHA DA CONTRATAÇÃO DO MEIA TCHECO?

Enquanto a torcida sonha com a vinda do craque argentino Riquelme, a diretoria corinthiana está prestes a anunciar a contratação do meia Tcheco que, inclusive, já se despediu da torcida gremista. Homem de confiança de Mano Menezes, com quem foi vice-campeão da Libertadores, Tcheco chega ao Parque São Jorge com a missão de suprir um carência deixada o meio campo alvinegro desde a saída de Douglas, em meados do ano.

Num ano de várias competições importantes, é imprescindível que o time tenha um elenco forte, tanto que as expectativas sobre a vida do argentino Riquelme ainda não estão descartadas e devem ganhar novos capítulos agora que o Boca Juniors não tem mais qualquer chance de se classificar para o torneio sul-americano.

Considerando-se, portanto, que essa contratação seja efetivada pelo grupo Sonda, certamente Tcheco se tornaria mais uma opção para o banco de reservas. Assim, até que ponto sua vida é viável, uma vez outros atletas também podem realizar a mesma função - como o também argentino Defederico?

José Donizetti Morbidelli
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O PROTESTO IRÔNICO DO GOLEIRO FELIPE

No confronto entre os times mais populares do Brasil, em Campinas, o Flamengo até que pode ter jogado um pouco melhor e merecido a vitória; entretanto, a partida ficou marcada negativamente pela péssima arbitragem do paranaense Evandro Rogério Roman e de seus assistentes. Expulsão discutível, pênalti inexistente, abuso de autoridade, enfim, não faltou lambança no Brinco de Ouro. Os cariocas, que não tem nada com isso, agradecem.

Contudo, nada justifica a invasão de campo por parte de um torcedor - se bem que esse não merece ser chamado de torcedor -, arremesso de objeto no gramado - sabe-se lá de que torcida - e, principalmente, o acintoso protesto por parte do goleiro Felipe, que se absteve de ir para a bola na cobrança da penalidade máxima e, ironicamente, bateu palmas para o árbitro e inflamou a torcida alvinegra.

Acima de tudo e, independente de se sentir prejudicado, Felipe trabalha para o clube e deve honrar a camisa que veste. Defender ou não um pênalti é um detalhe, mas não se esforçar para isso - há quem diga que ele foi pego no contra-pé, mas não há argumentos que refutem a imagem - é um pouco exagerado. E mais: pegar um pênalti para qualquer goleiro tem a mesma emoção de um gol marcado por qualquer jogador de linha.

Grande profissional, bom caráter, ídolo da torcida, enfim, não faltam adjetivos para qualificar o arqueiro corinthiano, mas dessa vez ele marcou um gol contra. Ainda bem que, para a fiel torcida, tudo era motivo de festa. Afinal, longe dali os rivais praticamente davam adeus ao título.

José Donizetti Morbidelli
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

JÁ COMEÇOU A LIBERTADORES PARA O CORINTHIANS

Não é novidade que o Corinthians sempre pega verdadeiras pedreiras na Libertadores. Só para refrescar a memória, em 2003 o time fez, se não a melhor, uma das melhores campanhas da primeira fase da competição e, logo na fase seguinte, teve que enfrentar o River Plate - os argentinos haviam se classificado na bacia das almas.

Agora, a sorte do Timão está novamente lançada na principal competição do continente americano e, a exemplo das edições anteriores, o caminho não deverá ser nada fácil: cabeça de chave do grupo 1, os comandados de Mano Menezes enfrentarão o Cerro Porteño, do Paraguai – se bem que esse mesmo time já tomou de oito em 1999, em São Paulo, com cinco gols de Fernando Baiano; além de mais duas equipes colombianas, ou uma colombiana e o Racing, do Uruguai.

A partir do sorteio realizado na sede da Conmebol, em Assunção (Paraguai), a diretoria e o treinador já podem começar a fazer seus planejamentos de definir algumas estratégias - sobretudo em relação às contratações. Pelo menos, a princípio, uma dor de cabeça parece ter sido evitada: não vai ser preciso jogar na altitude que tanto assusta os brasileiros.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

REVELADOS INDÍCIOS DA FALCATRUA ENTRE GOIÁS E INTERNACIONAL PARA REBAIXAR O CORINTHIANS

Dois anos depois da queda do Corinthians para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, o que não passava de uma mera suspeita parece estar prestes a ser esclarecido, principalmente depois de um dirigente do Goiás insinuar que seu time tem uma "dívida de gratidão" com o Internacional, por este ter facilitado o jogo que poderia levá-los à Série B no lugar da equipe paulista – na ocasião, os goianos derrotaram os gaúchos, que já vinham com o Timão entalado na garganta desde o episódio "Tinga/Fábio Costa", por 2x1 no Serra Dourada. Enquanto isso, no Olímpico, o Corinthians empatava com o Grêmio.

Mesmo que o dirigente tenha tentado corrigir ou disfarçar o "infeliz" comentário, alegando ter se equivocado e que a tal "dívida de gratidão" é com o Grêmio, a primeira impressão é a que fica - como diz o dito popular. Aliás, o Grêmio não fez nada para ajudar o Goiás; já, o Colorado!!!

Infelizmente, episódios dessa natureza estão sempre sujeitos a acontecer no futebol, mas a mácula que recai sobre cruzmaltinos e colorados permanecerá impressa nas páginas negativas, vergonhosas do futebol brasileiro. E agora, já que os laços de camaradagem entre as essas equipes parece tão solidificado, que mais uma vez o Goiás possa ajudar o Internacional, mas usando o que sabe fazer - que é jogar futebol -, e não o que costuma fazer quando a coisa está preta - que é esconder a sujeira sob o tapete!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O CORINTHIANS NÃO DEVE FAVOR ALGUM AO SÃO PAULO

Para falar a verdade, o São Paulo não depende em absolutamente nada do Corinthians para ser campeão - só passará a depender se tropeçar diante do Goiás. Contudo, muitos são-paulinos já estão quase colocando o uniforme alvinegro e indo para Campinas engrossar o coro da fiel torcida. E até começam a rememorar o passado, citando os dois gols marcados pelo atacante Grafite na vitória contra o Juventus pelo Campeonato Paulista de 2004, resultado que evitou o rebaixamento do time do Parque São Jorge naquele ano.

Só que passado é passado, e a história agora é outra. O São Paulo não venceu o Juventus para salvar o rival, mas porque tinha uma melhor equipe na época. Corinthians e Flamengo - um dos maiores clássicos do futebol brasileiro - se encontrarão em situações absolutamente opostas, em que um cumpre tabela e o outro tenta manter a esperança de chegar ao título. E, independente das circunstâncias, qualquer resultado pode acontecer.

Em caso de vitória rubronegra, certamente o Corinthians será bombardeado por críticas tricolores. Mas é bom alertar que o Timão não deve favor algum ao rival, e seu único compromisso é com sua imensa torcida. Aos são-paulinos, um conselho: se querem ser campeões, que façam a sua parte, sem depender de ninguém.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

AS PRINCIPAIS VÍTIMAS DO ATACANTE RONALDO NO ANO

Independente da colocação em que o Corinthians termine o Brasileirão 2009 - 10º, 11º, 12º... - o saldo de gols atacante Ronaldo no ano é altamente positivo, principalmente nos confrontos com os grandes de São Paulo. Contra o Santos, pelas finais do Campeonato Paulista, o Fenômeno balançou as redes duas vezes - e dois golaços em plena Vila Belmiro. Já, o São Paulo também conheceu a “fúria” do atacante, levando dois tentos, um pelas semifinais do Paulistão e um no Campeonato Brasileiro - esse, numa falha glamorosa do zagueiro André Dias com o goleiro Bosco.

Entretanto, entre os rivais paulistas, a vítima favorita do atacante foi mesmo o Palmeiras. Coincidência ou destino, seu primeiro gol com a camisa do Timão aconteceu da maneira como a fiel gosta: no sufoco, com o jogo praticamente encerrado, e contra o mais valoroso adversário. Depois daquele gol antológico, de cabeça, que custou até o alambrado do Prudentão, Ronaldo assinalaria ainda mais dos contra o mesmo Verdão – ambos no último confronto, que terminou empatado em 2x2.

Agora, é só aguardar pela próxima temporada - Paulistão, Libertadores, Brasileirão - para saber se o Palmeiras continua na liderança ou se é ultrapassado por Santos ou São Paulo. Independente de quem seja, uma coisa é certa: a fome de gols do “gordinho” será bem maior!

José Donizetti Morbidelli
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ASSIM COMO O EX-JOGADOR DADÁ MARAVILHA, CARLINHOS BALA TAMBÉM ADORARIA JOGAR NO CORINTHIANS

Ele foi o carrasco do Corinthians na final da Copa do Brasil de 2008, tanto que marcou um dos gols da vitória do Sport na Ilha do Retiro. Além disso, até hoje suas declarações soam meio indigestas no Parque São Jorge. Na época, Carlinhos Bala afirmou que o gol marcado fora de casa seria o do título - sorte, premonição, seja lá o que for, não deu outra!

Agora, defendendo o Náutico, o atacante comandou mais uma vitória sobre o alvinegro paulista. E, sabe se lá se por apenas procurar amenizar sua imagem desgastada em São Paulo, ou então vontade de vestir a camisa do Timão, o discurso pós-jogo foi bem menos contundente e bem mais simpático: “Eu sempre fui corinthiano”, revelou o quase sósia do cantor Chico César.

Num passado não muito distante, Dada Maravilha agia de maneira bastante parecida; nos gramados sempre anotava seu gol, para depois revelar sua paixão pela torcida e vontade de fazer parte do clube paulista. Talvez também seja esse o propósito de Carlinhos Bala, mas assim como “aquele que pairava no ar”- como Dada se auto-intitulava -,a intenção do pernambucano deve ficar só na vontade.

José Donizetti Morbidelli
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MARCELINHO - MAIS UMA OPÇÃO PARA A LATERAL DIREITA?

Ele é novo, franzino, e tem nome de ídolo - talvez o maior de toda a história corinthiana. Contudo, tem sido muito pouco aproveitado no já concorrido ataque alvinegro e, caso não seja emprestado na próxima temporada, tende a esquentar o banco de reservas por mais um longo período.

Entretanto, Mano Menezes - que de bobo não tem nada - já está pensando num posicionamento alternativo para Marcelinho, e o primeiro teste será contra o Náutico na abertura da 36ª rodada do Brasileirão. E é ali pela ala que o garoto pode se dar bem, já que Alessandro vive constantemente lesionado, Jucilei não é da posição e Balbuena ainda é uma incógnita para o ano que vem.

Promovido após a vitoriosa campanha do Timãozinho pela Copa São Paulo de Juniores, disputada no início do ano, Marcelinho deve fazer de tudo para aproveitar essa oportunidade do "paizão" Mano Menezes. Afinal, carisma não lhe falta, muito menos pique – o guri tem apenas 19 anos e muita vontade de vencer.

José Donizetti Morbidelli
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

REFORMULAÇÃO DO ELENCO CORINTHIANO

Em entrevista durante a semana, o técnico Mano Menezes sinalizou que pretende trabalhar com 30 jogadores em 2010 - atualmente 33 atletas fazem parte do quadro de profissionais do Corinthians. Levando em consideração que cinco ou seis jogadores devem chegar no Parque São Jorge, quem serão os dispensados ou emprestados?

A lista deve começar com Souza, principalmente pelo alto custo benefício - ele ganha cerca de 170 mil reais mensais e ainda não rendeu o esperado -; os atacantes Bill e Henrique também devem ser emprestados; entre os meias, a aposta fica entre Marcinho e o jovem Jadson - esse último para ganhar experiência num time de menor expressão; com a contratação de Ralf, o volante Moradei também pode ser liberado; já na defesa, as dúvidas pairam sobre o lateral Balbuena e os “meninos” Bruno Bertucci e Dodô, também para ganhar experiência - se bem que ambos jogam na lateral esquerda, a posição mais carente da equipe.

Tudo não passa de especulação, mas ao se confirmar essa expectativa já serão nove jogadores a menos. E quem deve chegar para compor o elenco? Ralf, já apalavrado; o lateral Roberto Carlos, os meias Tcheco, Riquelme e Leandro Domingues - interesse revelado essa semana -, e o atacante Iarley. Pelos números do treinador, faltariam ainda dois nomes, provavelmente para o ataque. Além arrisca algum palpite?

José Donizetti Morbidelli
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terça-feira, 17 de novembro de 2009

SEMELHANÇAS ENTRE A FAZENDINHA E O ESTÁDIO DO ATLETICO DE MADRID


Inúmeros foram os e-mails que recebi após a publicação do artigo A Fazendinha Poderia Ser o Alçapão Corinthiano, no Lancenet e também no meu blog pessoal esportivo (http://jdmorbidelli.zip.net); e um deles, especificamente, chamou-me muito a atenção. Na mensagem, um leitor que mora na Europa fez uma comparação entre o estádio Vicente Calderon - pertencente ao Atlético de Madrid - e o Parque São Jorge, virtualmente reformado e com capacidade ampliada.

Acontece que ambos apresentam uma característica em comum bastante interessante: localizam-se às margens de um rio – o Manzanares e o Tietê, respectivamente. A grande diferença, no entanto, está na engenharia que envolve as obras. Enquanto que em São Paulo, a Marginal Tietê é tratada como uma via intocável - como se fosse até tombada pelo patrimônio histórico -, em Madrid, um lado das arquibancadas do Vicente Calderon foi construído exatamente sobre a avenida, formando uma espécie de túnel para circulação de veículos e saída para os torcedores.

Numa cidade onde tanta coisa se copiou ao longo dos anos - só para citar alguns exemplos, o prédio do Banespa, no Centro, é uma réplica do Empire States; a recuperação de um rio de Seul (Coréia do Sul) tem sido usado como exemplo para o famigerado Tietê -, por que então não usar a mesma ideia dos madrilhenhos para ampliar a Fazendinha, em vez do Corinthians assumir o Pacaembu em regime de concessão ou maquinar projetos para novos e suntuosos estádios que nunca saem do papel?

Possibilidades há; o que talvez falte seja um pouco mais de vontade e bom senso por parte dos órgãos públicos e outros envolvidos. Certamente, com uma arena nos moldes do Vicente Calderon, qualquer corinthiano ficaria extremamente satisfeito, sem falar que a região se tornaria muito mais bonita e valorizada.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

JOGO ENTRE CORINTHIANS E FLAMENGO PODE DEFINIR O CAMPEÃO

O local segue indefinido, mas a data que pode definir o campeão brasileiro já está marcada: 29 de novembro. Uma vitória do Flamengo, aliada a um tropeço do São Paulo - que não joga mais no Morumbi esse ano - pode deixar os cariocas com uma mão na taça. Por isso também, o duelo entre Corinthians e Flamengo tem tudo para agradar os milhares de torcedores que certamente lotarão o estádio - seja o Pacaembu ou no interior paulista -, e outros tantos milhões espalhados pelo país que estarão grudados na telinha.

O destino também colocou frente a frente as duas equipes de maior torcida do país. E, ao que tudo indica, nenhum corinthiano ficará frustrado em caso de derrota; afinal, uma eventual conquista flamenguista colocaria um fim na hegemonia são-paulina dos três últimos anos e manteria o Palmeiras mais um ano na fila, que já perdura 15 anos.

É claro que os jogadores vão dizer que são profissionais e farão de tudo para vencer a partida, mesmo que isso venha favorecer os rivais. Mas, para quem não almeja mais nada na competição e já colecionou várias derrotas em casa ao longo do ano – Internacional, Goiás, Atlético Parananese, Cruzeiro, só para citar alguns - mais um tropecinho, do tipo 0x1, até que seria bem-vindo.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

RONALDO TAMBÉM MERECE O NOBEL DA PAZ

Ronaldo, o Fenômeno, também merece ser agraciado com o Nobel da Paz, considerando que até o presidente israelense, Shimon Peres, já recebeu esse prêmio, em 1994, pelos esforços de negociação de um acordo de paz com o líder palestino Yasser Arafat, que na época lutava pelo reconhecimento de seu país como nação independente. Aliás, em visita ao Brasil, o "senhor da guerra" - como muitos, principalmente os árabes, o chamam - Peres fez questão de se encontrar com o atacante e ofertar-lhe a camisa de Israel; em troca, o astro alvinegro entregou ao político a camisa corinthiana.

Primeiro brasileiro a ser eleito embaixador da Organização das Nações Unidas (ONU) - quase que ele perdeu esse posto por conta daquele escândalo com travestis no Rio, no ano passado -; essa não é a primeira vez que Ronaldo tem sua imagem vinculada a campanhas em favor da paz pelo mundo; o craque já esteve em zonas de guerrilha como Kosovo - que lutava para proclamar sua independência da Sérvia - e, para atenuar os ânimos sempre exaltados entre árabes e judeus, também já visitou o Oriente Médio - ali se deu seu primeiro encontro com Shimon Peres, que na época ocupava o cargo de ministro do exterior. Além de Ronaldo, outras personalidades do futebol que fazem parte dos projetos da ONU são os craques Kaká, do Real Madrid, e o francês Zinedine Zidane.

Nos gramados, tudo o que falar do Fenômeno passa a ser redundante, para não dizer monótono. Então agora, prestes a se aposentar - daqui a dois, três anos, no máximo -, nada mais justo do que homenageá-lo com o prêmio máximo da pacificação universal: o Nobel da Paz!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A VOLTA DO LATERAL ANDRÉ SANTOS AO CORINTHIANS

Calma lá, pessoal! É fato que o Corinthians necessita urgentemente de um lateral esquerdo, mas infelizmente esse nome não é o de André Santos, negociado no meio do ano com o futebol turco. Nome certo das últimas convocações do técnico Dunga, o jogador do Fenerbahce esteve no Brasil para resolver algumas pendências particulares, e não poderia tomar o voo de volta para a Turquia sem dar uma passadinha no Parque São Jorge para matar saudades dos ex-companheiros e do clube que o projetou para o mundo.

Aliás, em poucos meses ele parece já ter conquistado os torcedores turcos, com boas apresentações e belíssimos gols - um deles, uma verdadeira pintura para húngaro nenhum botar defeito, e que garantiu o empate e a classificação de seu time pela liga européia. O adversário foi o Honved, de Budapeste.

No Corinthians, André Santos teve uma passagem vitoriosa e que, certamente, já deixou os torcedores com muitas saudades: em pouco mais de um ano, ele foi campeão brasileiro da Série B, vice-campeão da Copa do Brasil de 2008, campeão paulista invicto em 2009 e campeão da Copa do Brasil, também deste ano.

Assim como tantos outros que já passaram pelo Timão e que um dia voltaram, as portas do clube estarão sempre abertas para André Santos, e não resta dúvidas de que a intenção dele é de também retornar um dia - mesmo que seja daqui a dez anos.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A SEGUNDA DIVISÃO NÃO É MAIS UM BICHO DE SETE CABEÇAS

Parabéns ao Vasco da Gama que, com muita garra, determinação e bom futebol retorna à elite do futebol brasileiro; e com muita dignidade, o que é mais importante. Parabéns também a outros gigantes do futebol brasileiro que já figuraram na Segundona: Corinthians, Palmeiras, Botafogo, Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, enfim... O Fluminense, bem, o time das Laranjeiras é um caso à parte e as congratulações terão que esperar mais um ano.

Cada um dos times citados acima desempenharam o papel de personagem principal num roteiro repleto de coadjuvantes, e o resultado não poderia ser outro: estádios lotados e alegria de norte a sul do país - lugares que, geralmente, só recebem grandes equipes graças à Segunda Divisão e, esporadicamente, durante a Copa do Brasil.

Num país onde o futebol é tão equilibrado, ninguém está imune à Série B. Como grandes campeões já caíram, certamente outros cairão. A questão que fica é se também retornarão com dignidade, e é isso que todos esperam para o bem do esporte.

Embora ninguém queira passar pela experiência do descenso novamente ou pela primeira vez - há times grandes, inclusive da capital paulista, que já caíram no estadual, mas essa é uma outra história -, a imagem que fica é que a Segundona não é mais um bicho de sete cabeças. Financeiramente atrativa, os grandes devem encarar a competição como uma turnê pelo país afora, pois a volta é tão eminente quanto a queda. Cair, levantar, jogar, voltar... e de cabeça erguida, pois a vida continua.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A FAZENDINHA PODERIA SER O ALÇAPÃO CORINTHIANO

Bem localizado e de fácil acesso – da até para ir a pé a partir do metrô Carrão ou Tatuapé –, o Estádio Alfredo Schüring, mais conhecido como Parque São Jorge e carinhosamente chamado de Fazendinha, poderia muito bem se tornar o caldeirão corinthiano, ainda mais efervescente do que o próprio Pacaembu. Poderia! Mas para isso, em primeiro lugar a Prefeitura de São Paulo teria que autorizar a ampliação de suas arquibancadas – atualmente o estádio comporta pouco mais de 10 mil torcedores, número insignificante para acomodar a grande massa alvinegra. Entretanto, qualquer iniciativa da diretoria corinthiana em aumentar a capacidade do estádio parece encontrar restrições junto aos órgãos públicos municipais, que alegam, principalmente, uma grande demanda do trânsito na região em dias de jogos. Oras, independente de qualquer coisa, o trânsito já é caótico em toda a cidade. O que dizer então de eventuais partidas realizadas no Canindé – não me refiro aos jogos da Luza –, que fica na mesma Marginal Tietê; ou então no Pacaembu?

Com o gramado impecável e dimensões máximas (110 x 74) – só para comparar, o Maracanã tem 110 x 75; o Morumbi 108 x 72; e o Pacaembu 104 x 68 –, e aumento para, talvez, 30 mil torcedores, tornariam a casa corinthiana um verdadeiro alçapão. Se muitos adversários já se assustam quando encaram um Paulo Machado de Carvalho lotado, imagine então a Fazendinha, onde praticamente não existe espaço entre a gramado e as arquibancadas. Nada é impossível, mas seria muito difícil derrotar o Timão diante de um barulho ensurdecedor, e tão próximo, produzido por milhares de vozes entoando a plenos pulmões: "Aqui tem um bando de louco, louco por ti Corinthians".

Talvez o real motivo da Prefeitura não permitir a ampliação do Parque São Jorge, ou até mesmo criar empecilhos para a construção de uma nova arena, seja mais político do que propriamente de logística. Quem pagaria as contas do Pacaembu? Afinal, inquilino como o Corinthians não seria nada fácil de arrumar.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

OS CORINTHIANOS CRIAM AS MÚSICAS, OS OUTROS COPIAM

Além de fiel e fanática, a torcida corinthiana também pode ser considerada a mais criativa no quesito "músicas que vêm das arquibancadas". Não é a toa que, desde o ano passado, gritos como Aqui Tem um Bando de Louco e Não Para, Não Para, Não Para...se tornaram grandes sucessos pelos estádios do país afora. E até mesmo quem não é corinthiano já deve ter se visto pego, mesmo distraído, assobiando os hits alvinegros.

Como não há leis sobre direitos autorais que se apliquem a músicas de arquibancadas, diversas torcidas têm pegado carona no som que embala o Timão. O Coringão Voltou e O Ronaldão Voltou, numa alusão ao retorno do Timão à primeira divisão e do Fenômeno aos gramados, foi adaptada, nada menos, por flamenguistas, são-paulinos e vascaínos. Basta prestar atenção em O Imperador Voltou, O Campeão Voltou e O Vascão Voltou, respectivamente.

Entretanto, se não é preciso criatividade para copiar músicas, pelo menos algumas letras são praticamente impossíveis de serem plagiadas, pois demandam uma boa dose de coragem e, sobretudo, verdadeiro amor às respectivas equipes. Portanto, calma Fiel; afinal, bando de louco – no bom sentido, é claro – só tem um!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ÉS DO BRASIL, O CLUBE MAIS ESTRANGEIRO

"És do Brasil o clube mais brasileiro", diz o verso final do hino corinthiano, entoado a plenos pulmões por milhões de vozes que se unem de norte a sul do país. Mas se, de longe, o Corinthians é o time nacional mais badalado, pelo menos no papel o verso não condiz com a realidade dos últimos anos vivenciada no clube.

Prestígio internacional é o que não falta, principalmente com o valor agregado à marca desde a chegada do craque Ronaldo; mas, de alguns anos para cá, uma infinidade de estrangeiros - principalmente argentinos - passaram a fazer parte do elenco. Assim, o Timão deixou de ser o mais brasileiro para se tornar, do Brasil, o clube mais estrangeiro.

Em tempos de futebol globalizado, só para citar alguns jogadores, já passaram pelo Corinthians o zagueiro Gamarra, o volante Rincón, os selecionáveis argentinos Carlitos Tevez e Mascherano, além de Sebá e Herrera. Atualmente, compõem o grupo o uruguaio Acosta, recém retornado do Náutico, o paraguaio Balbuena e os também hermanos Defederico e Escudero. E as portas continuam abertas, tanto que o maior sonho de consumo da diretoria ainda não desembarcou no Parque São Jorge: o craque Riquelme que, se contratado, terá a responsabilidade de comandar o meio de campo alvinegro. De fato mesmo é que, graças ao Corinthians, nunca os argentinos se sentiram tanto à vontade em território brasileiro.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A COPA SUL-AMERICANA PRECISA SER MAIS VALORIZADA

No início, a Copa Libertadores da América, cuja primeira edição foi disputada em 1960, não passava de um simples torneio disputado por sete clubes sulamericanos - o Peñarol, do Uruguai, sagrou-se campeão. Em 1961, o número de participantes aumentou para nove, e mais uma vez a equipe uruguaia foi a vencedora. Seguiram-se dois títulos do Santos (1962 e 1963) - os únicos de sua história, ainda com um inexpressivo número de equipes. De lá para cá, a Libertadores se tornou a principal competição de futebol do continente, e uma verdadeira obsessão para muitos clubes.

Em 2002, nos mesmos moldes, ou seja, sem muita representatividade, surgiu a Copa Sul-Americana, que elevou o argentino San Lorenzo ao status de campeão daquele ano. Nesses oito anos de disputa regular, nenhuma equipe brasileira ainda levou a competição a sério, tanto que geralmente são escalados jogadores reservas a fim de não atrapalhar a competição nacional disputada simultaneamente.

Contudo, se a Sul-Americana seguir o mesmo caminho já trilhado pela Libertadores, vai chegar um dia em que muitos times estarão se matando pelo caneco. E talvez seja tarde demais, ou difícil demais. Portanto, está mais do que na hora dos clubes brasileiros darem mais atenção ao torneio; afinal, não deixa de ser uma competição internacional, que dá visibilidade e recheia os cofres. E, como na Libertadores, os argentinos também já se posicionaram à frente entre os vencedores, com quatro conquistas . Quanto aos brasileiros, por enquanto somente o Internacional sentiu o gostinho de levantar a taça.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

É PRECISO MAIS CAUTELA DO QUE CONVENIÊNCIA PARA CONTRATAR

Não sei se é para o corinthiano ficar feliz ou preocupado com os nomes que estão sendo ventilados no Parque São Jorge como eventuais reforços para a próxima temporada. Convém analisar cada um individualmente: o volante Ralf, do Barueri, seria um bom reforço, já que Marcelo Mattos ainda não rendeu o que se espera e Moradei - rapaz boa praça - é fraquinho; Júlio César cairia como uma luva na lateral esquerda, principal carência do time; Iarley é craque, indiscutível. Borges já demonstrou, no próprio São Paulo, que tem problemas em esquentar o banco; Tcheco entraria no lugar de quem, na reserva de Defederico que, por sua vez, seria reserva de Riquelme? Por fim, contratar o espanhol Guti é o mesmo que jogar dinheiro pelas janelas, além de congestionar ainda mais o meio de campo - Jucilei, com os pés amarrados, é melhor do que ele, e muito mais jovem!

Depois de ser iludida - mesmo que tenha sido por investidores e não pela diretoria - a fiel não pensa em outro nome para vestir a camisa 10 do Timão senão o do argentino Riquelme. Zé Roberto, que tem brilhado do Hamburgo, seria uma bela opção caso a contratação do hermano fracassasse.

De agora em diante, as atenções no futebol brasileiro estarão divididas entre os times que ainda disputam o título, os que tentam escapar do rebaixamento e as especulações sobre reforços - como é o caso do Corinthians. Certamente outros nomes surgirão, mas é preciso muita cautela - talvez até mais cautela do que conveniência. Contratar jogador só por estar em fim de contrato pode ser muito arriscado; é preciso repor as peças nas posições mais carentes. E no Timão, as posições mais críticas ainda são aquelas provocadas pelas saídas de Cristian, André Santos e Douglas. Nossa, até quando vamos continuar citando esses nomes?!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 3 de novembro de 2009

PARABÉNS, BELLUZZO - CORINTHIANS X PALMEIRAS NO PACAEMBU

Mesmo que dentro de campo sempre haja rivalidade entre corinthianos e palmeirenses, isso não impede que, nos bastidores, os dirigentes apertem as mãos e cheguem a acordos que beneficiem a ambos os clubes. A mesma "afinidade", no entanto, parece não existir quando o São Paulo entra na jogada; tanto Corinthians como Palmeiras parecem não falar a mesma língua do rival.

Depois do público decepcionante do empate no clássico de Presidente Prudentes pela 33ª rodada do Brasileirão, parece que os dirigentes caíram mesmo na real; o clássico entre os dois times mais tradicionais do Estado deve ser disputado na capital paulista - no Pacaembu, já que nenhum dos dois tem a menos intenção de jogar no Morumbi, a não ser como visitantes por força da tabela.

Se o Palmeiras, numa atitude louvável de seu presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, diz não se opor em dividir o Paulo Machado, muito menos o Corinthians se oporia. Afinal, é ali que sua torcida se sente, definitivamente, em casa.

Resta agora esperar para que essa ideia se confirme para o Brasileirão do próximo ano. Estádio dividido nos dois confrontos, como deve ser entre equipes de tanta grandeza. É pois isso e por tantas outras que Corinthians x Palmeiras é clássico dos clássicos da capital, independentemente da posição que ocupem na tabela.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CHEGOU A HORA DE ACERTAR AS CONTAS COM O PALMEIRAS

De 1998 a 2003 o São Paulo foi o principal saco de pancadas do Corinthians - o time do Morumbi perdeu Paulistão, Copa do Brasil, semifinal de Brasileiro, Torneio Rio-São Paulo, enfim, um período que são-paulino nenhum gosta de relembrar. Depois, de 2003 a 2007 foi a vez do Tricolor assumir uma série de vitórias sobre o time de Parque São Jorge - se bem que nenhuma partida eliminatória ou decisiva. Até que, em 2007, o zagueiro Betão, com um gol no final do confronto pelo campeonato nacional daquele ano, pagou todas as contas - com juros e correção monetária. De lá pra cá, jamais o Timão foi derrotado novamente, seja no Pacaembu ou no Morumbi.

Contra o Santos, nenhum tabu que tenha existido no confronto entre as duas equipes é capaz de apagar a humilhação dos 7x1 pelo Brasileirão de 2005. O Peixe sucumbiu diante de uma atuação de gala da dupla de ataque alvinegra, formada por Tevez e Nilmar. No semblante dos jogadores santistas, o desespero pelo apito final; o Timão poderia ter feito 8, 9, 10, 11 e tornado o vexame muito maior.

A nível nacional, a rivalidade entre paulistas e gaúchos se acirrou bastante nos últimos anos, quando o Internacional - grande algoz do Timão no Brasileiro de 1976 -, depois de chorar pelo vice-campeonato de 2005, lamentou também a perda da Copa do Brasil deste ano, diante de um Corinthians quase que imbatível.

Agora, resta ao Corinthians acertar as contas com o Palmeiras, já que o Palestra não é derrotado pelo arquirrival desde 26/10/2006, quando marcou 1x0 pelo Campeonato Brasileiro. Desde então foram seis jogos, com cinco vitórias verdes e um empate. Está mais do que na hora de reverter esse placar, o que pode acontecer no confronto de domingo em Presidente Prudente. Aliás, já que o time de Mano Menezes não aspira a mais nada na competição além de uma colocação honrosa, uma vitória pode apagar, de vez, a campanha ruim do segundo semestre. Para muitos corinthianos, pode valer até bem mais do que isso: o gostinho de um verdadeiro título.


José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

AS APOSTAS ENTRE DENTINHO E DEFEDERICO

Dentinho e Defederico jogam praticamente na mesma posição - o gringo até tem tentado se adaptar como meia armador, mas o negócio dele parece mesmo ser o ataque, partindo com a bola dominada ou servindo como opção para os homens do meio de campo. Independente da disputa por um lugar entre os titulares, os dois atacantes têm se relacionado muito bem fora dos gramados, com até apostas para descontrair o ambiente e, claro, dar mais uma injeçãozinha de motivação no elenco. A última rendeu ao argentino um churrasco no valor de R$ 100, justamente por ter balançado, pela primeira vez, as redes adversárias com a camisa do Timão.

Antes, por ocasião do jogo entre Uruguai x Argentina, valendo vaga para a Copa do Mundo 2010, Defederico já tinha faturado uma graninha ao apostar na classificação de seu país. A seleção de Maradona, jogando fora de casa como o Corinthians, também venceu por 1x0.

Dificilmente Mano Menezes irá escalar os dois juntos no clássico contra o Palmeiras, domingo, em Presidente Prudente. Mas seria bom se rolasse mais uma apostinha, e quem sabe, dessa vez, Dentinho não possa levar a melhor!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

NOVO CT DO CORINTHIANS: PRÁTICA ESPORTIVA E CONSCIENTIZAÇÃO ECOLÓGICA COM ESTRUTURA DE PRIMEIRO MUNDO

Qualquer engenheiro gostaria de trabalhar com exclusividade para o Corinthians; afinal, ao longo de sua história, o que o time já desperdiçou de dinheiro com plantas e maquetes de estádios é uma grandeza. Contudo, enquanto os projetos de arena não saíam do papel, o clube ia acumulando títulos e mais títulos - os principais conquistados em pleno Morumbi, para a indignação dos tricolores.

Finalmente agora, o projeto do novo Centro de Treinamento apresentado pela diretoria e que conta com a credibilidade e profissionalismo do médico Joaquim Grava – um dos envolvidos na reforma - irá, de fato, ganhar vida. E com status de primeiríssimo mundo. Com previsão de conclusão total das obras para o segundo semestre de 2010, o CT contará com toda a infraestrutura necessária para o treinamento e condicionamento físico dos atletas - vários campos de futebol, ginásio, alojamento, sala de imprensa, anfiteatro, sala de musculação etc. Além disso, o espaço deverá ser usado por alguma delegação estrangeira durante a preparação para a Copa do Mundo de 2014.

Se não chega a ser um lema, agregar a prática esportiva com conscientização ecológica pode ser visto como uma estratégia de responsabilidade social - ou um propósito, e dos mais louváveis! Cercado de mananciais e muito verde - coisa rara na capital paulista -, o Centro de Treinamento do Timão traz ecologia até no nome: CT do Parque Ecológico do Tietê. Não bastasse, situa-se às margens da Ayrton Senna - principal via de ligação para o Aeroporto Internacional de Guarulhos -, rodovia que homenageia um dos corinthianos mais ilustres. Melhor coincidência impossível!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O CORINTHIANS DEVERIA TER CONTRATADO O MEIA RICARDINHO

Dá para contar nos dedos de uma única mão os meias de armação de qualidade no futebol brasileiro, e o ex-corinthiano Douglas era um deles – senão o melhor. Apesar de constantemente criticado pela torcida, por diversas vezes o meia desequilibrou, colocando os companheiros na cara do gol. Só agora, meses depois que sua ida para o futebol turco, que a ficha parece ter caído: como Douglas tem feito falta ao Corinthians!

Nesse período, muitas foram as tentativas de Mano Menezes para suprir essa carência: Edno, Defederico, Edu – até o jovem Boquita fez uma tentativa. Contudo, nenhum deles se enquadrou, pelo menos até agora, em esquema tático do treinador. Enquanto isso, por meses a fio, um velho conhecido e ídolo da fiel esteve disponível no mercado, e que cairia como uma luva na meia cancha alvinegra: Ricardinho!

Em poucas partidas disputadas pelo Atlético Mineiro, o craque tem mostrado para o que veio, liderando o Galo rumo à liderança da competição. Juntamente com Dentinho e um bom lateral esquerdo, Ricardinho poderia muito bem reeditar o melhor lado esquerdo do futebol brasileiro de alguns anos. Muitos foram as conquistas ao lado de Kleber, hoje no Internacional; e Gil, recém-contratado pelo Flamengo.

Enquanto o time espera pelo argentino Riquelme, a solução, pelo menos momentânea, parecia muito mais próxima do que muitos imaginavam; agora, não faço a menor ideia do motivo da diretoria não ter ido atrás do meia.


José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

BRINCADEIRA TEM HORA

As declarações do jogador Ronaldo, antes do jogo contra o Cruzeiro no Pacaembu, soaram - no mínimo - contraditórias com o que ele próprio disse após o Timão amargar mais uma derrota em casa. Novamente, com seu jeitão simpático e irreverente, o atacante afirmou que o Corinthians entraria em campo para "brincar de jogar futebol", para no final disparar: "Ninguém está fazendo a sua parte; temos que arriscar mais, apertar, mas não estamos fazendo nada disso".

Brincar de jogar futebol parece que é o que o Corinthians tem feito desde que conquistou a Copa do Brasil e conquistou, antecipadamente, a vaga para a Libertadores de 2010. Com o constante sobe-e-desce na tabela, principalmente entre os primeiros colocados, se não fossem tantas "brincadeiras" certamente o Timão estaria entre os candidatos ao título.

Brincadeira tem hora! Futebol é assunto sério, envolve investimentos, visibilidade e, sobretudo, emoção - a emoção de milhões de torcedores. Não dá, portanto, para "brincar de jogar futebol", mesmo que o time esteja descompromissado, só aguardado o fim da temporada para recolocar as coisas nos seus devidos lugares.

Mesmo que o Corinthians não corra riscos de rebaixamento na competição, a situação é preocupante. A falta de um lateral esquerdo e um meia armador ainda tem tirado o sono de Mano Menezes, logo dele que nunca brinca de ser treinador.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

500 REAIS POR JOGO NA LIBERTADORES – O FUTEBOL ESTÁ SE TORNANDO UM ESPORTE DE ELITE

Que o preço dos ingressos para os jogos do Corinthians na Libertadores terão aumento, isso não resta a menor dúvida. Agora, cobrar até R$ 500 - como matéria publicada pelo portal do Estadão - chega a ser um disparate, mesmo em se tratando do setor Vip, com lanchinho, refrigerante, ou sei lá o quê...Pois é essa uma das muitas maneiras que a diretoria corinthiana - que pretende arrecadar 5 milhões de reais por partida - parece ter encontrado para amortizar a dívida do clube e manter um elenco forte na próxima temporada.

Independente dos valores que serão cobrados, certamente o Pacaembu estará sempre lotado – a capacidade do estádio foi ampliada para 40200 lugares. Afinal, o torcedor corinthiano sempre foi diferenciado dos demais; seja no bom ou no mal momento, ele incentiva o tempo todo e jamais abandona o clube. Dessa vez, os que ganham salário mínimo - e são tantos - terão que se contentar em ver os jogos pela televisão. Bem, eu mesmo faço isso na maioria das vezes...

Um amigo de Belo Horizonte, torcedor do Galo, comentou comigo que o ingresso para o setor geral do Mineirão custa R$ 2 - isso mesmo, dois reais! -, e estudante ainda paga meia entrada. Diante dessa discrepância de valores, parece que o futebol - pelo menos em São Paulo - cada vez mais está se tornando um esporte de elite. Bom para os clubes, ruim para o "pobre" do torcedor comum - o verdadeiro fiel torcedor, que não tem Pay Per View e High Definition. Mas, se em campo o time corresponder e ganhar a Libertadores, ninguém irá reclamar dos preços dos ingressos. O problema é se não ganhar!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

LUISÃO - MAIS UM PARA O BANDO DE LOUCO?

Parece que agora está virando moda jogador de futebol participar de festas organizadas por torcidas; depois do imbróglio envolvendo o cruzeirense Kleber, recentemente visto numa festa da torcida Macha Alviverde - a principal facção organizada de seu ex-time, o Palmeiras -, agora é a vez de Luisão, da Seleção Brasileira, visitar a Gaviões da Fiel. Só que dessa fez sem qualquer polêmica; afinal o zagueiro joga no Benfica.

O que é inevitável, nessas situações, é evitar as especulações envolvendo transferências de jogadores. Copa do Mundo, ano do centenário se aproximando – no caso específico do Corinthians, que precisa se reforçar –, enfim, será que por trás de uma "simples" visita do zagueiro à principal torcida alvinegra pode gerar alguma surpresa? Difícil, além de valorizado na Europa por integrar o grupo de Dunga, Luisão acaba de renovar contrato com o clube português até 2013 e ganha cerca de 1,3 milhões de euros por temporada - ele é um dos atletas mais bem pagos do elenco.

Contudo, em se tratando de Corinthians, o céu é o limite. Para quem já trouxe Ronaldo - quando todos davam a contratação como impossível -, e sonha com o meia Riquelme, nada mais surpreende. Só o tempo para dizer se Luisão irá, um dia, vestir a camisa do Timão; até mesmo porque a zaga de Mano Menezes está muito bem servida com Chicão e William. Mas que ele parece bem disposto a entrar para o bando de louco, ah isso parece!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ATLÉTICO MINEIRO - O TIMÃO DE MINAS GERAIS

Corinthians e Atlético Mineiro já decidiram um título brasileiro - o de 1999 e, na ocasião, deu Timão. Entretanto, nos últimos anos as relações entre as duas diretorias têm sido a melhor possível. Prova disso é que, atualmente, nada menos do que cinco jogadores que integram o elenco do time mineiro já vestiram a camisa do clube de São Paulo - os laterais Coelho e Wellington Saci; o volante Carlos Alberto; o atacante Marques; e o meia Ricardinho que, inclusive, defendia o Corinthians na conquista de 1999. E certamente os ex-corinthianos irão fazer de tudo para desbancar os rivais do alvinegro paulista - Palmeiras e São Paulo - na briga pelo título.

Motivo mais do que suficiente, além do uniforme preto e branco, para a fiel torcida entoar o hino atleticano na reta final do Brasileirão - já que seu time não tem mais chances de levantar a taça. E, se recordar é viver, dá gosto de ver o craque Ricardinho jogar! Mesmo com seus 33 anos e ainda meio forma de forma, o meia dá tranquilidade e comanda o time, além de infernizar a torcida adversária com passes precisos, senso de colocação e rapidez de raciocínio. Sem dúvidas, uma bela contratação!

Ironicamente, Galo e Timão se encontrarão pela última rodada do campeonato - Mano, que cogita em dar férias antecipadas a seus comandados, provavelmente escalará um time reserva. Por isso, é bom os demais candidatos ao título tentarem decidir a competição antes da rodada final; afinal, o jogo no Mineirão tem todos os ingredientes para se tornar uma grande festa entre os alvinegros.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 20 de outubro de 2009

RANKING DOS CAMPEÕES BRASILEIROS

Duas competições de clubes fazem parte do calendário anual da CBF – a Copa do Brasil, disputada no sistema mata-mata; e o Brasileirão, que desde 2003 vem sendo disputado por pontos corridos. Vencer qualquer um desses campeonatos tem sido o principal objetivo dos times brasileiros, e a importância das conquistas se traduz nos próprios números: estádios e cofres cheios, premiações, maiores cotas de patrocínios e a possibilidade de disputa de torneios internacionais.

Campeonato de tiro mais curto, a Copa do Brasil – criada em 1989 e que teve o Grêmio como primeiro campeão – , logo se tornou a coqueluche do primeiro semestre. Emocionante e sempre com estádios lotados, a competição também já teve equipes de menor expressão levantando a taça, como Criciúma, Juventude, Santo André e Paulista. Já, o Brasileirão teve o Atlético Mineiro como primeiro campeão, em 1971, e hoje é o principal campeonato de clubes do país; contudo, sem a mesma emoção da Copa do Brasil, justamente pela forma de disputa.

Considerando, portanto, as duas principais competições, segue abaixo o ranking dos maiores campeões do futebol brasileiro – sem considerar a Taça Brasil – torneio disputado entre os anos de 1959 a 1968 entre os campeões estaduais –, que tem o Santos como o grande vencedor – time da Baixada faturou o caneco por seis vezes.

1º Corinthians e Flamengo.....7 conquistas
3º Grêmio e São Paulo.....6 conquistas
5º Cruzeiro e Palmeiras.....5 conquistas
7º Internacional e Vasco.....4 conquistas
9º Fluminense, Santos e Sport.....2 conquistas

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DERROTA NOS GRAMADOS, DERROTA NAS PISTAS

O capitão William e o lateral Balbuena devem estar procurando os atacantes Arce e Wilson – aliás, dois jogadores que já passaram pelo Corinthians – até agora. Foram eles quem deram números à merecida vitória do Sport, na Ilha do Retiro. Com esse resultado, o time pernambucano deu uma respirada e ainda alimenta as chances de escapar da degola, enquanto que o alvinegro paulista despencou na tabela e corre o risco até de ficar de fora da Copa Sul-Americana.

Horas antes da partida em Recife, o país inteiro estava de olho em Rubens Barrichello, que disputava a penúltima prova do ano em Interlagos. Contudo, a oitava colocação do brasileiro aliada à quarta posição de seu companheiro de equipe Jenson Button, deu o título ao inglês. Decepção em dose dupla para os corinthianos, já que Barrichello é torcedor declarado do Timão e tem desfilado a camisa preta e branca pelos autódromos do mundo.

Resta a Rubinho pensar na próxima temporada, se bem que ele ainda briga pelo vice-campeonato – ele correrá pela Williams em 2010. Por sua vez, os jogos do Corinthians – que há muito já pensa na Libertadores – têm sido um ótimo remédio para quem quer tirar um bom cochilo nos domingos à tarde. Como não é o meu caso, ainda bem que em outro canal o Flamengo dava show contra o Palmeiras – lá sim, dava para ficar com os olhos bem abertos.


José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

DE VOLTA AO CALDEIRÃO DA ILHA DO RETIRO

Nenhum torcedor corinthiano gosta de lembrar da última vez que o time jogou na Ilha do Retiro – foi pela final da Copa do Brasil de 2008. Depois de uma boa vitória na partida de ida em São Paulo, Mano Menezes e seus comandados praticamente davam como certa a conquista, mas o que o "vidente" Carlinhos Bala – que hoje defende o Náutico – previu, acabou acontecendo. Com dois gols assinalados ainda no primeiro tempo, o Leão da Ilha prorrogou por mais um ano a espera corinthiana pelo tricampeonato.

Agora, no entanto, a situação é bem diferente. Enquanto o Timão já tem vaga assegurada para a Libertadores 2010, o Sport briga, rodada a rodada, para fugir da zona de rebaixamento. Esse é apenas mais um dos ingredientes que prometem fazer do jogo uma verdadeira batalha. Se pelo lado dos corinthianos, todo mundo evita tocar no assunto, é evidente que sempre fica aquele gostinho de ravanche – a torcida do Náutico e do Santa Cruz engrossam o coro dos alvinegros para afundar ainda mais o rival, que ruma a passos largos à segundona.

Excelente teste para o novo time de Mano que começa a se desenhar, já pensando na temporada 2010. Apesar dos mais experientes estarem acostumados a jogar sob pressão, alguns que se integraram ao grupo esse ano – como Jucilei, Edno e o próprio Defederico – precisam começar, desde já, a entrar no clima. E a temperatura quente da Ilha do Retiro será bem parecida com o calor dos gramados sul-americanos que o time encontrará no próximo ano.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O HOMEM DOS 50 MILHÕES

O ano de 2009 tem sido de fartura financeira para o Corinthians – grandes bilheterias, campanhas inovadoras de marketing, programas para sócio-torcedores, patrocínios milionários –, e sem dúvidas um dos grandes responsáveis por toda essa grana têm sido o craque Ronaldo que, além de belos gols, tem dado uma de lobista e marqueteiro para o alvinegro paulista.

A imagem do craque – tão explorada pela Rede Globo para aumentar seus índices de audiência– tem chamado também, e muito, a atenção do empresário Sílvio Santos. Tanto que o lendário apresentador parece mesmo disposto a abrir seu baú para levar o Fenômemo para o SBT. Verdade ou não, cogita-se nos bastidores que ele tenha oferecido cerca de 50 milhões para que o craque se torne garoto propaganda de suas empresas.

E as especulações não param por aí. Como o contrato entre a Batavo e o Corinthians se encerra no final do ano, é bem provável que o mandatário esteja disposto a comprar o espaço mais nobre da camisa alvinegra, justamente no ano do centenário do clube – o Banco Panamericano, que faz parte do grupo SS, já ocupa uma parte das costas.

Se isso realmente acontecer, seria muito divertido assistir aos jogos do Timão pela Rede Globo com o logo do SBT. Engraçado para o público, porque quem vai rir mesmo – e de orelha a orelha – serão o atacante e a diretoria corinthiana, com os cofres ainda mais abarrotados. É esperar para ver.


José Donizetti Morbidelli

Jornalista

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

JOGO PARA SAIR FAÍSCA

Pior do que Brasil x Venezuela, com a seleção brasileira já classificada para a Copa 2010, são aquelas partidas arranjadas pela CBF e patrocinador para arrecadar dinheiro. A grande opção essa semana para os que acompanham futebol é sem dúvidas Uruguai x Argentina, partida decisiva que carimbará o passaporte de um dos dois para a África do Sul.

Vai ser duro para os visitantes arrancarem, no mínimo, um empate no lotado e lendário Estádio Centenário, em Montevidéo. Para os uruguaios, basta uma vitória simples – também vai ser duro furar a retranca argentina, motivada depois da dramática partida contra o Peru em Buenos Aires.

Imperdível, um dos maiores clássicos do futebol sul-americano. E nessas circunstâncias então, um jogo para sair faísca e entrar para a memória dos torcedores – seja qual for o resultado.
Lamentável mesmo é apenas uma pequena parte da população brasileira – que dispõe de TV paga – possa acompanhar o jogo. A grande maioria terá que se contentar com o "amistoso" da seleção canarinho. E o que é pior: no horário da novela das sete.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A ARGENTINA ESTÁ MUITO VIVA!

Que moral tem a seleção peruana de reclamar pela não marcação de impedimento no gol que deu a vitória à Argentina pelas eliminatórias, e que assim ainda manteve os hermanos com chances de classificação para a Copa 2010? Só para informar os mais novos e refrescar a memória dos mais velhos, a imagem dos peruanos está arranhada desde 1978, quando o time entregou o jogo e a vaga à final para a mesma Argentina – isso não há tempo que possa apagar.

Mas alguém pode dizer: "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa" – aliás, parafraseando o jargão de um nobre jornalista. Embora tenha faltado futebol, a Argentina foi valente – como é inerente á própria raça –, e o gol, impedido ou não, foi mais do que merecido.

Os brasileiros podem até torcer contra, mas bem lá no fundo todos querem a seleção de Lionel Messi e companhia classificada. Assim como não dá para imaginar um campeonato mundial sem o Brasil, também não teria graça uma competição sem a participação de uma Argentina, uma Itália, uma Alemanha...

Longe de Maradona ser um grande treinador, mas aquele mergulho sobre o gramado encharcado do Monumental de Nuñes valeu até mais do que o gol de Palermo. Ali ele mostrou que o time pode decolar; a parada é duríssima mas a esperança é grande. Detalhe: nas eliminatórias para a Copa do México em 2006, a Argentina também sofreu para se classificar – inclusive, contra o Peru –, e a final dessa história todo mundo está cansado de saber.


José Donizetti Morbidelli

Jornalista