segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O PROTESTO IRÔNICO DO GOLEIRO FELIPE

No confronto entre os times mais populares do Brasil, em Campinas, o Flamengo até que pode ter jogado um pouco melhor e merecido a vitória; entretanto, a partida ficou marcada negativamente pela péssima arbitragem do paranaense Evandro Rogério Roman e de seus assistentes. Expulsão discutível, pênalti inexistente, abuso de autoridade, enfim, não faltou lambança no Brinco de Ouro. Os cariocas, que não tem nada com isso, agradecem.

Contudo, nada justifica a invasão de campo por parte de um torcedor - se bem que esse não merece ser chamado de torcedor -, arremesso de objeto no gramado - sabe-se lá de que torcida - e, principalmente, o acintoso protesto por parte do goleiro Felipe, que se absteve de ir para a bola na cobrança da penalidade máxima e, ironicamente, bateu palmas para o árbitro e inflamou a torcida alvinegra.

Acima de tudo e, independente de se sentir prejudicado, Felipe trabalha para o clube e deve honrar a camisa que veste. Defender ou não um pênalti é um detalhe, mas não se esforçar para isso - há quem diga que ele foi pego no contra-pé, mas não há argumentos que refutem a imagem - é um pouco exagerado. E mais: pegar um pênalti para qualquer goleiro tem a mesma emoção de um gol marcado por qualquer jogador de linha.

Grande profissional, bom caráter, ídolo da torcida, enfim, não faltam adjetivos para qualificar o arqueiro corinthiano, mas dessa vez ele marcou um gol contra. Ainda bem que, para a fiel torcida, tudo era motivo de festa. Afinal, longe dali os rivais praticamente davam adeus ao título.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

JÁ COMEÇOU A LIBERTADORES PARA O CORINTHIANS

Não é novidade que o Corinthians sempre pega verdadeiras pedreiras na Libertadores. Só para refrescar a memória, em 2003 o time fez, se não a melhor, uma das melhores campanhas da primeira fase da competição e, logo na fase seguinte, teve que enfrentar o River Plate - os argentinos haviam se classificado na bacia das almas.

Agora, a sorte do Timão está novamente lançada na principal competição do continente americano e, a exemplo das edições anteriores, o caminho não deverá ser nada fácil: cabeça de chave do grupo 1, os comandados de Mano Menezes enfrentarão o Cerro Porteño, do Paraguai – se bem que esse mesmo time já tomou de oito em 1999, em São Paulo, com cinco gols de Fernando Baiano; além de mais duas equipes colombianas, ou uma colombiana e o Racing, do Uruguai.

A partir do sorteio realizado na sede da Conmebol, em Assunção (Paraguai), a diretoria e o treinador já podem começar a fazer seus planejamentos de definir algumas estratégias - sobretudo em relação às contratações. Pelo menos, a princípio, uma dor de cabeça parece ter sido evitada: não vai ser preciso jogar na altitude que tanto assusta os brasileiros.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

REVELADOS INDÍCIOS DA FALCATRUA ENTRE GOIÁS E INTERNACIONAL PARA REBAIXAR O CORINTHIANS

Dois anos depois da queda do Corinthians para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, o que não passava de uma mera suspeita parece estar prestes a ser esclarecido, principalmente depois de um dirigente do Goiás insinuar que seu time tem uma "dívida de gratidão" com o Internacional, por este ter facilitado o jogo que poderia levá-los à Série B no lugar da equipe paulista – na ocasião, os goianos derrotaram os gaúchos, que já vinham com o Timão entalado na garganta desde o episódio "Tinga/Fábio Costa", por 2x1 no Serra Dourada. Enquanto isso, no Olímpico, o Corinthians empatava com o Grêmio.

Mesmo que o dirigente tenha tentado corrigir ou disfarçar o "infeliz" comentário, alegando ter se equivocado e que a tal "dívida de gratidão" é com o Grêmio, a primeira impressão é a que fica - como diz o dito popular. Aliás, o Grêmio não fez nada para ajudar o Goiás; já, o Colorado!!!

Infelizmente, episódios dessa natureza estão sempre sujeitos a acontecer no futebol, mas a mácula que recai sobre cruzmaltinos e colorados permanecerá impressa nas páginas negativas, vergonhosas do futebol brasileiro. E agora, já que os laços de camaradagem entre as essas equipes parece tão solidificado, que mais uma vez o Goiás possa ajudar o Internacional, mas usando o que sabe fazer - que é jogar futebol -, e não o que costuma fazer quando a coisa está preta - que é esconder a sujeira sob o tapete!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O CORINTHIANS NÃO DEVE FAVOR ALGUM AO SÃO PAULO

Para falar a verdade, o São Paulo não depende em absolutamente nada do Corinthians para ser campeão - só passará a depender se tropeçar diante do Goiás. Contudo, muitos são-paulinos já estão quase colocando o uniforme alvinegro e indo para Campinas engrossar o coro da fiel torcida. E até começam a rememorar o passado, citando os dois gols marcados pelo atacante Grafite na vitória contra o Juventus pelo Campeonato Paulista de 2004, resultado que evitou o rebaixamento do time do Parque São Jorge naquele ano.

Só que passado é passado, e a história agora é outra. O São Paulo não venceu o Juventus para salvar o rival, mas porque tinha uma melhor equipe na época. Corinthians e Flamengo - um dos maiores clássicos do futebol brasileiro - se encontrarão em situações absolutamente opostas, em que um cumpre tabela e o outro tenta manter a esperança de chegar ao título. E, independente das circunstâncias, qualquer resultado pode acontecer.

Em caso de vitória rubronegra, certamente o Corinthians será bombardeado por críticas tricolores. Mas é bom alertar que o Timão não deve favor algum ao rival, e seu único compromisso é com sua imensa torcida. Aos são-paulinos, um conselho: se querem ser campeões, que façam a sua parte, sem depender de ninguém.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

terça-feira, 24 de novembro de 2009

AS PRINCIPAIS VÍTIMAS DO ATACANTE RONALDO NO ANO

Independente da colocação em que o Corinthians termine o Brasileirão 2009 - 10º, 11º, 12º... - o saldo de gols atacante Ronaldo no ano é altamente positivo, principalmente nos confrontos com os grandes de São Paulo. Contra o Santos, pelas finais do Campeonato Paulista, o Fenômeno balançou as redes duas vezes - e dois golaços em plena Vila Belmiro. Já, o São Paulo também conheceu a “fúria” do atacante, levando dois tentos, um pelas semifinais do Paulistão e um no Campeonato Brasileiro - esse, numa falha glamorosa do zagueiro André Dias com o goleiro Bosco.

Entretanto, entre os rivais paulistas, a vítima favorita do atacante foi mesmo o Palmeiras. Coincidência ou destino, seu primeiro gol com a camisa do Timão aconteceu da maneira como a fiel gosta: no sufoco, com o jogo praticamente encerrado, e contra o mais valoroso adversário. Depois daquele gol antológico, de cabeça, que custou até o alambrado do Prudentão, Ronaldo assinalaria ainda mais dos contra o mesmo Verdão – ambos no último confronto, que terminou empatado em 2x2.

Agora, é só aguardar pela próxima temporada - Paulistão, Libertadores, Brasileirão - para saber se o Palmeiras continua na liderança ou se é ultrapassado por Santos ou São Paulo. Independente de quem seja, uma coisa é certa: a fome de gols do “gordinho” será bem maior!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ASSIM COMO O EX-JOGADOR DADÁ MARAVILHA, CARLINHOS BALA TAMBÉM ADORARIA JOGAR NO CORINTHIANS

Ele foi o carrasco do Corinthians na final da Copa do Brasil de 2008, tanto que marcou um dos gols da vitória do Sport na Ilha do Retiro. Além disso, até hoje suas declarações soam meio indigestas no Parque São Jorge. Na época, Carlinhos Bala afirmou que o gol marcado fora de casa seria o do título - sorte, premonição, seja lá o que for, não deu outra!

Agora, defendendo o Náutico, o atacante comandou mais uma vitória sobre o alvinegro paulista. E, sabe se lá se por apenas procurar amenizar sua imagem desgastada em São Paulo, ou então vontade de vestir a camisa do Timão, o discurso pós-jogo foi bem menos contundente e bem mais simpático: “Eu sempre fui corinthiano”, revelou o quase sósia do cantor Chico César.

Num passado não muito distante, Dada Maravilha agia de maneira bastante parecida; nos gramados sempre anotava seu gol, para depois revelar sua paixão pela torcida e vontade de fazer parte do clube paulista. Talvez também seja esse o propósito de Carlinhos Bala, mas assim como “aquele que pairava no ar”- como Dada se auto-intitulava -,a intenção do pernambucano deve ficar só na vontade.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MARCELINHO - MAIS UMA OPÇÃO PARA A LATERAL DIREITA?

Ele é novo, franzino, e tem nome de ídolo - talvez o maior de toda a história corinthiana. Contudo, tem sido muito pouco aproveitado no já concorrido ataque alvinegro e, caso não seja emprestado na próxima temporada, tende a esquentar o banco de reservas por mais um longo período.

Entretanto, Mano Menezes - que de bobo não tem nada - já está pensando num posicionamento alternativo para Marcelinho, e o primeiro teste será contra o Náutico na abertura da 36ª rodada do Brasileirão. E é ali pela ala que o garoto pode se dar bem, já que Alessandro vive constantemente lesionado, Jucilei não é da posição e Balbuena ainda é uma incógnita para o ano que vem.

Promovido após a vitoriosa campanha do Timãozinho pela Copa São Paulo de Juniores, disputada no início do ano, Marcelinho deve fazer de tudo para aproveitar essa oportunidade do "paizão" Mano Menezes. Afinal, carisma não lhe falta, muito menos pique – o guri tem apenas 19 anos e muita vontade de vencer.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
Jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

REFORMULAÇÃO DO ELENCO CORINTHIANO

Em entrevista durante a semana, o técnico Mano Menezes sinalizou que pretende trabalhar com 30 jogadores em 2010 - atualmente 33 atletas fazem parte do quadro de profissionais do Corinthians. Levando em consideração que cinco ou seis jogadores devem chegar no Parque São Jorge, quem serão os dispensados ou emprestados?

A lista deve começar com Souza, principalmente pelo alto custo benefício - ele ganha cerca de 170 mil reais mensais e ainda não rendeu o esperado -; os atacantes Bill e Henrique também devem ser emprestados; entre os meias, a aposta fica entre Marcinho e o jovem Jadson - esse último para ganhar experiência num time de menor expressão; com a contratação de Ralf, o volante Moradei também pode ser liberado; já na defesa, as dúvidas pairam sobre o lateral Balbuena e os “meninos” Bruno Bertucci e Dodô, também para ganhar experiência - se bem que ambos jogam na lateral esquerda, a posição mais carente da equipe.

Tudo não passa de especulação, mas ao se confirmar essa expectativa já serão nove jogadores a menos. E quem deve chegar para compor o elenco? Ralf, já apalavrado; o lateral Roberto Carlos, os meias Tcheco, Riquelme e Leandro Domingues - interesse revelado essa semana -, e o atacante Iarley. Pelos números do treinador, faltariam ainda dois nomes, provavelmente para o ataque. Além arrisca algum palpite?

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SEMELHANÇAS ENTRE A FAZENDINHA E O ESTÁDIO DO ATLETICO DE MADRID


Inúmeros foram os e-mails que recebi após a publicação do artigo A Fazendinha Poderia Ser o Alçapão Corinthiano, no Lancenet e também no meu blog pessoal esportivo (http://jdmorbidelli.zip.net); e um deles, especificamente, chamou-me muito a atenção. Na mensagem, um leitor que mora na Europa fez uma comparação entre o estádio Vicente Calderon - pertencente ao Atlético de Madrid - e o Parque São Jorge, virtualmente reformado e com capacidade ampliada.

Acontece que ambos apresentam uma característica em comum bastante interessante: localizam-se às margens de um rio – o Manzanares e o Tietê, respectivamente. A grande diferença, no entanto, está na engenharia que envolve as obras. Enquanto que em São Paulo, a Marginal Tietê é tratada como uma via intocável - como se fosse até tombada pelo patrimônio histórico -, em Madrid, um lado das arquibancadas do Vicente Calderon foi construído exatamente sobre a avenida, formando uma espécie de túnel para circulação de veículos e saída para os torcedores.

Numa cidade onde tanta coisa se copiou ao longo dos anos - só para citar alguns exemplos, o prédio do Banespa, no Centro, é uma réplica do Empire States; a recuperação de um rio de Seul (Coréia do Sul) tem sido usado como exemplo para o famigerado Tietê -, por que então não usar a mesma ideia dos madrilhenhos para ampliar a Fazendinha, em vez do Corinthians assumir o Pacaembu em regime de concessão ou maquinar projetos para novos e suntuosos estádios que nunca saem do papel?

Possibilidades há; o que talvez falte seja um pouco mais de vontade e bom senso por parte dos órgãos públicos e outros envolvidos. Certamente, com uma arena nos moldes do Vicente Calderon, qualquer corinthiano ficaria extremamente satisfeito, sem falar que a região se tornaria muito mais bonita e valorizada.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

JOGO ENTRE CORINTHIANS E FLAMENGO PODE DEFINIR O CAMPEÃO

O local segue indefinido, mas a data que pode definir o campeão brasileiro já está marcada: 29 de novembro. Uma vitória do Flamengo, aliada a um tropeço do São Paulo - que não joga mais no Morumbi esse ano - pode deixar os cariocas com uma mão na taça. Por isso também, o duelo entre Corinthians e Flamengo tem tudo para agradar os milhares de torcedores que certamente lotarão o estádio - seja o Pacaembu ou no interior paulista -, e outros tantos milhões espalhados pelo país que estarão grudados na telinha.

O destino também colocou frente a frente as duas equipes de maior torcida do país. E, ao que tudo indica, nenhum corinthiano ficará frustrado em caso de derrota; afinal, uma eventual conquista flamenguista colocaria um fim na hegemonia são-paulina dos três últimos anos e manteria o Palmeiras mais um ano na fila, que já perdura 15 anos.

É claro que os jogadores vão dizer que são profissionais e farão de tudo para vencer a partida, mesmo que isso venha favorecer os rivais. Mas, para quem não almeja mais nada na competição e já colecionou várias derrotas em casa ao longo do ano – Internacional, Goiás, Atlético Parananese, Cruzeiro, só para citar alguns - mais um tropecinho, do tipo 0x1, até que seria bem-vindo.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

RONALDO TAMBÉM MERECE O NOBEL DA PAZ

Ronaldo, o Fenômeno, também merece ser agraciado com o Nobel da Paz, considerando que até o presidente israelense, Shimon Peres, já recebeu esse prêmio, em 1994, pelos esforços de negociação de um acordo de paz com o líder palestino Yasser Arafat, que na época lutava pelo reconhecimento de seu país como nação independente. Aliás, em visita ao Brasil, o "senhor da guerra" - como muitos, principalmente os árabes, o chamam - Peres fez questão de se encontrar com o atacante e ofertar-lhe a camisa de Israel; em troca, o astro alvinegro entregou ao político a camisa corinthiana.

Primeiro brasileiro a ser eleito embaixador da Organização das Nações Unidas (ONU) - quase que ele perdeu esse posto por conta daquele escândalo com travestis no Rio, no ano passado -; essa não é a primeira vez que Ronaldo tem sua imagem vinculada a campanhas em favor da paz pelo mundo; o craque já esteve em zonas de guerrilha como Kosovo - que lutava para proclamar sua independência da Sérvia - e, para atenuar os ânimos sempre exaltados entre árabes e judeus, também já visitou o Oriente Médio - ali se deu seu primeiro encontro com Shimon Peres, que na época ocupava o cargo de ministro do exterior. Além de Ronaldo, outras personalidades do futebol que fazem parte dos projetos da ONU são os craques Kaká, do Real Madrid, e o francês Zinedine Zidane.

Nos gramados, tudo o que falar do Fenômeno passa a ser redundante, para não dizer monótono. Então agora, prestes a se aposentar - daqui a dois, três anos, no máximo -, nada mais justo do que homenageá-lo com o prêmio máximo da pacificação universal: o Nobel da Paz!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A VOLTA DO LATERAL ANDRÉ SANTOS AO CORINTHIANS

Calma lá, pessoal! É fato que o Corinthians necessita urgentemente de um lateral esquerdo, mas infelizmente esse nome não é o de André Santos, negociado no meio do ano com o futebol turco. Nome certo das últimas convocações do técnico Dunga, o jogador do Fenerbahce esteve no Brasil para resolver algumas pendências particulares, e não poderia tomar o voo de volta para a Turquia sem dar uma passadinha no Parque São Jorge para matar saudades dos ex-companheiros e do clube que o projetou para o mundo.

Aliás, em poucos meses ele parece já ter conquistado os torcedores turcos, com boas apresentações e belíssimos gols - um deles, uma verdadeira pintura para húngaro nenhum botar defeito, e que garantiu o empate e a classificação de seu time pela liga européia. O adversário foi o Honved, de Budapeste.

No Corinthians, André Santos teve uma passagem vitoriosa e que, certamente, já deixou os torcedores com muitas saudades: em pouco mais de um ano, ele foi campeão brasileiro da Série B, vice-campeão da Copa do Brasil de 2008, campeão paulista invicto em 2009 e campeão da Copa do Brasil, também deste ano.

Assim como tantos outros que já passaram pelo Timão e que um dia voltaram, as portas do clube estarão sempre abertas para André Santos, e não resta dúvidas de que a intenção dele é de também retornar um dia - mesmo que seja daqui a dez anos.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A SEGUNDA DIVISÃO NÃO É MAIS UM BICHO DE SETE CABEÇAS

Parabéns ao Vasco da Gama que, com muita garra, determinação e bom futebol retorna à elite do futebol brasileiro; e com muita dignidade, o que é mais importante. Parabéns também a outros gigantes do futebol brasileiro que já figuraram na Segundona: Corinthians, Palmeiras, Botafogo, Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, enfim... O Fluminense, bem, o time das Laranjeiras é um caso à parte e as congratulações terão que esperar mais um ano.

Cada um dos times citados acima desempenharam o papel de personagem principal num roteiro repleto de coadjuvantes, e o resultado não poderia ser outro: estádios lotados e alegria de norte a sul do país - lugares que, geralmente, só recebem grandes equipes graças à Segunda Divisão e, esporadicamente, durante a Copa do Brasil.

Num país onde o futebol é tão equilibrado, ninguém está imune à Série B. Como grandes campeões já caíram, certamente outros cairão. A questão que fica é se também retornarão com dignidade, e é isso que todos esperam para o bem do esporte.

Embora ninguém queira passar pela experiência do descenso novamente ou pela primeira vez - há times grandes, inclusive da capital paulista, que já caíram no estadual, mas essa é uma outra história -, a imagem que fica é que a Segundona não é mais um bicho de sete cabeças. Financeiramente atrativa, os grandes devem encarar a competição como uma turnê pelo país afora, pois a volta é tão eminente quanto a queda. Cair, levantar, jogar, voltar... e de cabeça erguida, pois a vida continua.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A FAZENDINHA PODERIA SER O ALÇAPÃO CORINTHIANO

Bem localizado e de fácil acesso – da até para ir a pé a partir do metrô Carrão ou Tatuapé –, o Estádio Alfredo Schüring, mais conhecido como Parque São Jorge e carinhosamente chamado de Fazendinha, poderia muito bem se tornar o caldeirão corinthiano, ainda mais efervescente do que o próprio Pacaembu. Poderia! Mas para isso, em primeiro lugar a Prefeitura de São Paulo teria que autorizar a ampliação de suas arquibancadas – atualmente o estádio comporta pouco mais de 10 mil torcedores, número insignificante para acomodar a grande massa alvinegra. Entretanto, qualquer iniciativa da diretoria corinthiana em aumentar a capacidade do estádio parece encontrar restrições junto aos órgãos públicos municipais, que alegam, principalmente, uma grande demanda do trânsito na região em dias de jogos. Oras, independente de qualquer coisa, o trânsito já é caótico em toda a cidade. O que dizer então de eventuais partidas realizadas no Canindé – não me refiro aos jogos da Luza –, que fica na mesma Marginal Tietê; ou então no Pacaembu?

Com o gramado impecável e dimensões máximas (110 x 74) – só para comparar, o Maracanã tem 110 x 75; o Morumbi 108 x 72; e o Pacaembu 104 x 68 –, e aumento para, talvez, 30 mil torcedores, tornariam a casa corinthiana um verdadeiro alçapão. Se muitos adversários já se assustam quando encaram um Paulo Machado de Carvalho lotado, imagine então a Fazendinha, onde praticamente não existe espaço entre a gramado e as arquibancadas. Nada é impossível, mas seria muito difícil derrotar o Timão diante de um barulho ensurdecedor, e tão próximo, produzido por milhares de vozes entoando a plenos pulmões: "Aqui tem um bando de louco, louco por ti Corinthians".

Talvez o real motivo da Prefeitura não permitir a ampliação do Parque São Jorge, ou até mesmo criar empecilhos para a construção de uma nova arena, seja mais político do que propriamente de logística. Quem pagaria as contas do Pacaembu? Afinal, inquilino como o Corinthians não seria nada fácil de arrumar.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

OS CORINTHIANOS CRIAM AS MÚSICAS, OS OUTROS COPIAM

Além de fiel e fanática, a torcida corinthiana também pode ser considerada a mais criativa no quesito "músicas que vêm das arquibancadas". Não é a toa que, desde o ano passado, gritos como Aqui Tem um Bando de Louco e Não Para, Não Para, Não Para...se tornaram grandes sucessos pelos estádios do país afora. E até mesmo quem não é corinthiano já deve ter se visto pego, mesmo distraído, assobiando os hits alvinegros.

Como não há leis sobre direitos autorais que se apliquem a músicas de arquibancadas, diversas torcidas têm pegado carona no som que embala o Timão. O Coringão Voltou e O Ronaldão Voltou, numa alusão ao retorno do Timão à primeira divisão e do Fenômeno aos gramados, foi adaptada, nada menos, por flamenguistas, são-paulinos e vascaínos. Basta prestar atenção em O Imperador Voltou, O Campeão Voltou e O Vascão Voltou, respectivamente.

Entretanto, se não é preciso criatividade para copiar músicas, pelo menos algumas letras são praticamente impossíveis de serem plagiadas, pois demandam uma boa dose de coragem e, sobretudo, verdadeiro amor às respectivas equipes. Portanto, calma Fiel; afinal, bando de louco – no bom sentido, é claro – só tem um!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ÉS DO BRASIL, O CLUBE MAIS ESTRANGEIRO

"És do Brasil o clube mais brasileiro", diz o verso final do hino corinthiano, entoado a plenos pulmões por milhões de vozes que se unem de norte a sul do país. Mas se, de longe, o Corinthians é o time nacional mais badalado, pelo menos no papel o verso não condiz com a realidade dos últimos anos vivenciada no clube.

Prestígio internacional é o que não falta, principalmente com o valor agregado à marca desde a chegada do craque Ronaldo; mas, de alguns anos para cá, uma infinidade de estrangeiros - principalmente argentinos - passaram a fazer parte do elenco. Assim, o Timão deixou de ser o mais brasileiro para se tornar, do Brasil, o clube mais estrangeiro.

Em tempos de futebol globalizado, só para citar alguns jogadores, já passaram pelo Corinthians o zagueiro Gamarra, o volante Rincón, os selecionáveis argentinos Carlitos Tevez e Mascherano, além de Sebá e Herrera. Atualmente, compõem o grupo o uruguaio Acosta, recém retornado do Náutico, o paraguaio Balbuena e os também hermanos Defederico e Escudero. E as portas continuam abertas, tanto que o maior sonho de consumo da diretoria ainda não desembarcou no Parque São Jorge: o craque Riquelme que, se contratado, terá a responsabilidade de comandar o meio de campo alvinegro. De fato mesmo é que, graças ao Corinthians, nunca os argentinos se sentiram tanto à vontade em território brasileiro.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A COPA SUL-AMERICANA PRECISA SER MAIS VALORIZADA

No início, a Copa Libertadores da América, cuja primeira edição foi disputada em 1960, não passava de um simples torneio disputado por sete clubes sulamericanos - o Peñarol, do Uruguai, sagrou-se campeão. Em 1961, o número de participantes aumentou para nove, e mais uma vez a equipe uruguaia foi a vencedora. Seguiram-se dois títulos do Santos (1962 e 1963) - os únicos de sua história, ainda com um inexpressivo número de equipes. De lá para cá, a Libertadores se tornou a principal competição de futebol do continente, e uma verdadeira obsessão para muitos clubes.

Em 2002, nos mesmos moldes, ou seja, sem muita representatividade, surgiu a Copa Sul-Americana, que elevou o argentino San Lorenzo ao status de campeão daquele ano. Nesses oito anos de disputa regular, nenhuma equipe brasileira ainda levou a competição a sério, tanto que geralmente são escalados jogadores reservas a fim de não atrapalhar a competição nacional disputada simultaneamente.

Contudo, se a Sul-Americana seguir o mesmo caminho já trilhado pela Libertadores, vai chegar um dia em que muitos times estarão se matando pelo caneco. E talvez seja tarde demais, ou difícil demais. Portanto, está mais do que na hora dos clubes brasileiros darem mais atenção ao torneio; afinal, não deixa de ser uma competição internacional, que dá visibilidade e recheia os cofres. E, como na Libertadores, os argentinos também já se posicionaram à frente entre os vencedores, com quatro conquistas . Quanto aos brasileiros, por enquanto somente o Internacional sentiu o gostinho de levantar a taça.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

É PRECISO MAIS CAUTELA DO QUE CONVENIÊNCIA PARA CONTRATAR

Não sei se é para o corinthiano ficar feliz ou preocupado com os nomes que estão sendo ventilados no Parque São Jorge como eventuais reforços para a próxima temporada. Convém analisar cada um individualmente: o volante Ralf, do Barueri, seria um bom reforço, já que Marcelo Mattos ainda não rendeu o que se espera e Moradei - rapaz boa praça - é fraquinho; Júlio César cairia como uma luva na lateral esquerda, principal carência do time; Iarley é craque, indiscutível. Borges já demonstrou, no próprio São Paulo, que tem problemas em esquentar o banco; Tcheco entraria no lugar de quem, na reserva de Defederico que, por sua vez, seria reserva de Riquelme? Por fim, contratar o espanhol Guti é o mesmo que jogar dinheiro pelas janelas, além de congestionar ainda mais o meio de campo - Jucilei, com os pés amarrados, é melhor do que ele, e muito mais jovem!

Depois de ser iludida - mesmo que tenha sido por investidores e não pela diretoria - a fiel não pensa em outro nome para vestir a camisa 10 do Timão senão o do argentino Riquelme. Zé Roberto, que tem brilhado do Hamburgo, seria uma bela opção caso a contratação do hermano fracassasse.

De agora em diante, as atenções no futebol brasileiro estarão divididas entre os times que ainda disputam o título, os que tentam escapar do rebaixamento e as especulações sobre reforços - como é o caso do Corinthians. Certamente outros nomes surgirão, mas é preciso muita cautela - talvez até mais cautela do que conveniência. Contratar jogador só por estar em fim de contrato pode ser muito arriscado; é preciso repor as peças nas posições mais carentes. E no Timão, as posições mais críticas ainda são aquelas provocadas pelas saídas de Cristian, André Santos e Douglas. Nossa, até quando vamos continuar citando esses nomes?!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 3 de novembro de 2009

PARABÉNS, BELLUZZO - CORINTHIANS X PALMEIRAS NO PACAEMBU

Mesmo que dentro de campo sempre haja rivalidade entre corinthianos e palmeirenses, isso não impede que, nos bastidores, os dirigentes apertem as mãos e cheguem a acordos que beneficiem a ambos os clubes. A mesma "afinidade", no entanto, parece não existir quando o São Paulo entra na jogada; tanto Corinthians como Palmeiras parecem não falar a mesma língua do rival.

Depois do público decepcionante do empate no clássico de Presidente Prudentes pela 33ª rodada do Brasileirão, parece que os dirigentes caíram mesmo na real; o clássico entre os dois times mais tradicionais do Estado deve ser disputado na capital paulista - no Pacaembu, já que nenhum dos dois tem a menos intenção de jogar no Morumbi, a não ser como visitantes por força da tabela.

Se o Palmeiras, numa atitude louvável de seu presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, diz não se opor em dividir o Paulo Machado, muito menos o Corinthians se oporia. Afinal, é ali que sua torcida se sente, definitivamente, em casa.

Resta agora esperar para que essa ideia se confirme para o Brasileirão do próximo ano. Estádio dividido nos dois confrontos, como deve ser entre equipes de tanta grandeza. É pois isso e por tantas outras que Corinthians x Palmeiras é clássico dos clássicos da capital, independentemente da posição que ocupem na tabela.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br