quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PACAEMBU: O ESTÁDIO MAIS VIÁVEL PARA A COPA DO MUNDO EM SÃO PAULO

Do Maracanã, o mais famoso templo do futebol em todo o mundo, ninguém tira a final da Copa do Mundo de 2014. E quanto à abertura? Bem que a maior e a mais importante cidade do país merecia dar o pontapé inicial da competição, mas infelizmente não tem e provavelmente não terá estádios que atendam às necessidades da Fifa – pelo menos para a festa inicial. O Mineirão, portanto, parece ser a melhor opção – não por menos, afinal o estádio fica num local maravilhoso, cercado de muito verde e, com as reformas necessárias, deve se transformar numa das melhores arenas do país. Assim, São Paulo deve se dar por satisfeita por receber uma ou outra partida – talvez uma das quartas-de-final.

Ao mesmo tempo em que a Fifa praticamente descarta a utilização do longe e desconfortável Morumbi, quem ganha força para se tornar a sede paulista da Copa é o bom e velho Pacaembu. Agradável, de fácil acesso – metrô praticamente ao lado –, com espaço para a construção de estacionamento, além de sediar o belíssimo museu do futebol, a "casa da fiel" tem tudo para agradar os mandatários da entidade máxima do futebol, além de acirrar ainda mais a briga de bastidores travadas ultimamente entre corinthianos e tricolores.
Por quê? Caso seja aprovado o projeto de concessão que tramita na Câmara Municipal, o estádio passará, de fato, a pertencer ao Corinthians – de papel passado e tudo. E, embora alguns vereadores e até moradores do nobre bairro sejam contra, para a Prefeitura praticamente não há outra saída: sem o Timão, o Pacaembu – que já corrói os cofres públicos com despesas de manutenção – seria praticamente jogado às traças.

É esperar para ver, pois a novela está apenas nos primeiros capítulos e muita coisa ainda vai acontecer. Mas que a tal Copa do Mundo deu nova vida ao velho Paulo Machado de Carvalho, ah isso deu!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AS PICUINHAS ENTRE CORINTHIANS E SÃO PAULO

Faz tempo que Corinthians e São Paulo não falam a mesma língua, principalmente após aquele imbróglio envolvendo divisão de torcidas no Campeonato Paulista deste ano. Na ocasião, o São Paulo se recusou a dividir o Morumbi com a torcida alvinegra – como historicamente acontecia. Em contrapartida, agora, nos mandos de jogos do Timão no Pacaembu, a torcida adversária é obrigada a ficar espremida num cantinho do estádio.

Rivalidade à parte, economicamente a situação não tem sido nada boa para o São Paulo, que deixa de lucrar com o aluguel de seu estádio para o rival – o presidente Andrés Sanchez já afirmou e reafirmou que não joga mais no Morumbi. Para o Corinthians, o Pacaembu tem sido até mais rentável –a capacidade de público é menor, mas os preços dos ingressos são acrescidos. Além disso, o Paulo Machado de Carvalho é bem melhor localizado, tem metrô praticamente ao lado, e o torcedor corinthiano o considera como a verdadeira casa da fiel.
Nunca se sabe, mas talvez um dia os rivais paulistas deixem de lado as picuinhas e entrem num acordo. Agora, imagine a seguinte situação: Corinthians x São Paulo, como mando de campo do Corinthians, sendo realizado no Morumbi. Aos tricolores são destinados somente 10% dos ingressos, ou seja, um gomo das arquibancadas. Iria ser muito engraçado, para não dizer ultrajante!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ARBITRAGEM PRATICAMENTE TIRA CHANCES DO TIMÃO DE CHEGAR AO TÍTULO

Erros de arbitragem sempre ocorreram e sempre ocorrerão no futebol – para todos os lados. Dessa vez, no clássico entre São Paulo e Corinthians, realizado no Morumbi pela 26ª rodada do Brasileirão, a vítima foi o time do Parque São Jorge. Aliás, não sei o porquê de escalar um árbitro mineiro para apitar um jogo entre duas equipes paulistas. Só que Ricardo Marques Ribeiro não errou sozinho; os auxiliares Emerson Augusto de Carvalho e Carlos Augusto Nogueira Júnior (ambos de São Paulo) pareciam dois amadores – um deles, ao levantar seu instrumento, chegou até a perder a bandeirinha e ficar somente com o cabo na mão. Dessa vez, pelo menos, ele acertou.

Vamos aos lances polêmicos, ou melhor, aos equívocos do primeiro tempo: lançamento de Jorge Wagner para Dagoberto, que domina a bola de frente para o gol de Felipe (impedimento marcado – errado); Defederico escapa de dois adversários pela esquerda e toca para Detinho, livre (impedimento marcado – errado). Bem, um erro não justifica ou outro, mas como foi um para cada lado, então tudo bem...

Entretanto, o pior ainda estava por vir. Lambanças do segundo tempo: Defederico toca a bola para Ronaldo, que divide com Renato Silva; Dentinho aproveita a sobra e marca (gol anulado – errado; tanto o atacante como o zagueiro usam os braços, só que é muito mais conveniente para o árbitro marcar falta de ataque. Lançamento para Ronaldo, que inteligentemente se coloca em posição legal para receber a bola e partir livre para o gol (impedimento marcado – errado). O Timão ainda vencia por 1x0, mas em seguida o lance que deu números finais ao jogo: Hernandes lança a bola para a área, Washington domina e coloca sobre Felipe (impedimento – não marcado).

Com tantos erros assim num mesmo jogo, até a jogada grotesca do zagueiro André Dias – aquele mesmo que disse que o Flamengo não é time grande – com o goleiro Bosco passam despercebidas; aliás, não sei como o juiz não marcou falta de Ronaldo no lance; ou então perigo de gol, já que o zagueiro são-paulino disse ter sido prejudicado pelo barulho da torcida!


José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

NEM RONALDINHO E NEM RIQUELME – POR QUE NÃO ZÉ ROBERTO?

Muito se comenta sobre um jogador experiente para assumir a camisa 10 do Corinthians no ano do centenário - Riquelme, que parece não disposto a sair do Boca Juniors antes do término do contrato; e agora Ronaldinho Gaúcho - surgem como os principais nomes. Considerando-se, no entanto, a dificuldade e o alto custo que envolvem essas negociações, por que então a diretoria corinthiana não começa a pensar no polivalente Zé Roberto?

Motivos não faltam para trazê-lo para o Parque São Jorge: o meio-campista atravessa ótima fase no Hamburgo (Alemanha) e, apesar de dizer que seu ciclo na seleção havia encerrado, voltou atrás recentemente e sonha em ser convocado novamente; seu custo seria bem mais baixo do que o que seria gasto com Riquelme ou Ronaldinho; nunca se ouviu falar de problemas de relacionamento - aliás, ele diz que pretende ser pastor evangélico após deixar os gramados. E por aí vai...

De acordo com o presidente Andrés Sanchez, que tentou contratá-lo no início do ano, o próprio jogador disse que a prioridade seria total do Timão em 2010. Estão esperando o quê? Quem sabe não é esse o presente que o presidente alvinegro prometeu trazer de sua viagem à Europa! Só esperando para saber, mas que a camisa 10 cairia ali como uma luva, isso sim cairia.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

CRUZEIRO: SACO DE PANCADAS DE TIMES PAULISTAS

Se no início do Brasileirão, o Cruzeiro – campeão mineiro e vice da Copa Libertadores – era tido como um dos postulantes ao título, dentro de campo esse favoritismo está longe de se concretizar. Pelo contrário, a Raposa tem sido um verdadeiro saco de pancadas dos times paulistas; e o pior, em pleno Mineirão.

Primeiro foi o Corinthians, com direito a até pênalti desperdiçado pelo Fenômeno; em seguida, nova derrota para o São Paulo; e dessa vez a derrocada foi frente ao Palmeiras. Detalhe: todos os jogos pelo mesmo placar (1x2).

O time mineiro até que pressiona, cria oportunidades claras mas sempre esbarra em boas atuações dos goleiros adversários. Decididamente, esse não parece ser o ano da Raposa – que, em 2003, conquistou a tríplice coroa – Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão. Aliás, até hoje a única equipe brasileira a realizar esse feito.

A derrota do Cruzeiro frustrou milhões de torcedores (não vou dizer novamente que até os atleticanos pois foram muitos as críticas que recebi num post anterior). Pelo lado do Palestra, parece que o time está mesmo com aquela sorte de campeão. Danado esse Muricy Ramalho: carrancudo, marrento, invocado; mas muito competente!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista

terça-feira, 22 de setembro de 2009

TODOS SECANDO O PALMEIRAS – ATÉ OS ATLETICANOS

Milhões de torcedores brasileiros têm um ótimo motivo para grudar na televisão nesta quarta-feira, quando Cruzeiro x Palmeiras fazem um jogo isolado que complementa a 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. São Paulo, Internacional, Goiás, Atlético Mineiro, Grêmio, Flamengo e Corinthians ainda anseiam pelo título; enquanto outros – incluindo o próprio Cruzeiro – lutam para figurar entre os classificados para a Libertadores.

Se já não bastasse tanto interesse, o duelo do Mineirão tem outro atrativo bastante peculiar: a polêmica envolvendo o jogador Kleber que, no último fim de semana, participou de uma festa promovida pela torcida Mancha Alviverde – atitude que tem causado muita indignação entre os torcedores da Raposa. O atacante, inclusive, deve estar em campo e uma boa atuação pode, não somente, acalmar os ânimos na Toca da Raposa como também deixar o campeonato ainda mais empolgante.

No Parque São Jorge, embora ninguém comente abertamente, todos também estarão torcendo por uma vitória dos mineiros. Aos poucos, a derrota para o Goiás vai sendo digerida e, diga-se de passagem, sete pontos de diferença – claro, em caso de derrota do Palmeiras – não é uma diferença impossível de se tirar.

A questão é que, no fim de semana, o Timão enfrenta o São Paulo e o Palmeiras tem uma partida relativamente fácil contra o Atlético Paranaense, no Palestra Itália. Mas, num campeonato onde acontece de tudo – quem esperaria, por exemplo, uma goleada do Goiás em pleno Pacaembu – nada, absolutamente nada é impossível.


José Donizetti Morbidelli

Jornalista

jdmorbidelli@estadao.com.br

EDNO E MANO: ENTRE TAPAS E ABRAÇOS

Dois fatos marcaram o último jogo entre corinthianos e lusitanos, pelo Campeonato Paulista deste ano. Primeiro: uma chuva torrencial castigou a capital paulista e chegou a interromper a partida no início do segundo tempo – milhares de torcedores, entre os quais me incluo, deixaram o Pacaembu encharcados, imaginado que o complemento seria realizado em outra data (só ao chegar em casa é que pude acompanhar o segundo tempo pelo Pay Per View). Segundo: a discussão entre Mano Menezes e o atacante Edno, que ainda acusou o treinador de ter lhe dado um tapa no rosto.

O treinador alvinegro, por sua vez, nega – talvez tenha sido um "carinho mais ríspido" interpretado como tapa! Mas são águas passadas, e a partir de agora eles defendem a mesma agremiação: o Sport Clube Corinthians Paulista. E mais: o sucesso de um pode significar a ascensão do outro. Mano precisa, desesperadamente, de um ala esquerdo e um meio armador, e a resposta pode estar na contratação vinda do Canindé.

Edno, por sua vez, quer convencer a exigente fiel que o investimento da diretoria não foi em vão. Nada melhor do que provar seu valor num clássico: domingo o Corinthians enfrenta o São Paulo, no Morumbi. Seja na lateral esquerda ou no meio de campo, ele deve fazer sua estreia. E não tenha dúvidas de um forte abraço entre os ex-desafetos no caso de um gol do atacante.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

LUZ DE ALERTA ACESA NO PARQUE SÃO JORGE

Os resultados da rodada estavam perfeitos e tudo conspirava para que o Corinthians ficasse a apenas quatro pontos dos líderes do campeonato. O Inter já havia perdido no sábado; em Ribeirão Preto, a viola do São Paulo tinha desafinado contra o Santo André; e, quanto o Palmeiras, uma verdadeira pedreira na próxima quarta-feira. Mas eis que no caminho do Timão havia uma pedra verde – o Goiás –, ou melhor, nos pesadelos de Diego havia um baixinho bom de bola chamado Iarley.

E Iarley só não fez chover diante de um Pacaembu lotado. Autor de dois gols e uma atuação irrepreensível, ele comandou a brilhante – é duro para o corinthiano ouvir isso, mas é verdade – vitória da equipe Esmeraldina. Engraçado é que há pouco mais de uma semana, o mesmo Goiás havia feito uma péssima partida contra o Barueri. Coisas do futebol! Ou talvez algumas declarações infelizes de Hélio dos Anjos tenha mexido com o brio de seus jogadores.

Depois da catastrófica partida – provavelmente a pior da era Mano Menezes – o título brasileiro virou quase um sonho impossível. Se dá para aprender com os erros, é bom que o gaúcho assimile de uma vez por todas que três zagueiros não funciona para o Corinthians – os defensores batem cabeça, o meio campo não sabe o que fazer e o ataque perde poder de fogo.
O que resta agora é juntar os cacos e começar a pensar no São Paulo; só uma vitória no clássico para apagar essa péssima impressão. Detalhe: Elias é desfalque certo, enquanto Chicão é dúvida. Luz de alerta mais que acesa no Parque São Jorge!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CORINTHIANS DÁ EXEMPLO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Atualmente a imagem de uma empresa não está relacionada somente à qualidade dos produtos, mas também à participação em eventos, causas sociais e ações filantrópicas. É a chamada responsabilidade social – termo que faz parte do cotidiano de empresas que, diante das estratégias do marketing moderno, se preocupam em agregar valor às suas marcas por meio de atividades solidárias. No futebol, alguns clubes têm seguido esse mesmo exemplo – aliás, nada melhor do que o esporte para unir a todos em prol de uma causa tão nobre.

Esquecendo um pouco a rivalidade dos gramados, nas ruas todos torcem para um único time: o da solidariedade, da conscientização, da inclusão social. Do lado dos adversários estão a violência, a discriminação, o descaso, a necessidade. Assim, o Corinthians, um dos times mais populares do país – e, sem dúvidas, o da torcida mais fiel – também tem dado espetáculo fora de campo, driblando as diferenças e contribuindo para a construção de sociedade mais justa, fraterna e feliz.

Uma das ações sociais angariadas pelo Timão é a parceria com a Special Olympics – organização internacional criada com o intuito de apoiar pessoas portadoras de deficiências intelectuais –, que tem como representante no elenco o jogador Edu, não somente pelo carisma mas também por ter jogado muitos anos no futebol europeu e falar inglês fluentemente.

Também, pelo segundo ano consecutivo, a campanha “Sangue Corinthiano”, que visa conscientizar a população da importância de que um gesto simples – como o de doar sangue – pode ser primordial para salvar vidas, e que conta com o apoio da Fundação Pró-Sangue do Hospital das Clínicas e outros centros médicos espalhados pelo país, tem sido um verdadeiro sucesso. Como nas arquibancadas, a maior parte dos doadores são corinthianos; claro!

Mas não se preocupem os necessitados – sejam palmeirenses, sãopaulinos, santistas, flamenguistas, colorados, atleticanos, enfim, torcedores de qualquer agremiação. Pois, ninguém precisa ou vai mudar de time só porque corre a partir de agora o sangue corinthiano corre latente em suas veias. Afinal, o que deveria ser um privilégio, aqui nada mais é do que um gesto de amor ao próximo!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

EMPATE NÃO BASTA PARA QUEM QUER SER CAMPEÃO

Nessas alturas do campeonato, nem mesmo empate fora de casa pode ser considerado bom resultado. E a sensação com que o Corinthians deixa o Couto Pereira, após a partida contra o Coritiba (1x1), não é a de dever cumprido mas de dois pontos desperdiçados.

A oportunidade de diminuir a diferença para os primeiros colocados - Palmeiras e Internacional que, respectivamente, tropeçaram contra Vitória e Cruzeiro - veio de mão beijada para o Timão, que entrou em campo sabendo exatamente o que deveria fazer. A fiel torcida sonhava com os tais "cinco" pontos que o colocariam definitivamente na briga pelo título.

Contudo, se o discurso do treinador era de vitória, os jogadores não assimilaram bem o comando. Ainda desfalcado, é fato, mas o Corinthians tinha plenas condições de voltar de Curitiba - como todo respeito ao Coxa - com um resultado melhor do que um simples empate.

Oportunidades não faltaram, principalmente no segundo tempo, todas desperdiçadas por Souza - bem que ele tenta, mas a bola cisma em não entrar -, Dentinho, Bill, Jucilei, Elias, enfim...

Quarenta e dois pontos ainda estão em disputa, mas a cada dia o sonho do pentacampeonato nacional se torna mais distante. Pior do que não se sagrar campeão é ver os rivais Palmeiras e São Paulo com chances bem mais concretas na competição. Agora, só uma boa sequência de vitórias para acender de novo a chama do Timão, que está quase se apagando.


José Donizetti Morbidelli
Jornalista

VITÓRIA PARA COLAR NOS LÍDERES

O complemento da 24ª rodada do Brasileirão pode ser encarado como um divisor de águas para o Corinthians: ou o time entra de vez na briga pelo título ou praticamente dá adeus ao sonho da tríplice coroa. Em caso de vitória no Paraná, os reflexos serão imediatos, uma vez que em seguida o Timão fará três jogos da capital paulista – Goiás, São Paulo e Atlético PR –, podendo somar mais nove pontos.

Mesmo sem ainda contar com todos os jogadores do elenco, incluindo alguns dos recém-contratados, Mano Menezes promete escalar um time bastante forte contra o ameaçado Coritiba, no Couto Pereira. Do lado dos paranaenses, as esperanças recaem sobre Marcelinho Paraíba – que acabou de renovar contrato – e o atacante argentino Ariel – que tem até feito gol de bicicleta.

Será um grande teste também para a defesa alvinegra, que deve ter Chicão e Paulo André como zagueiros – William continua em tratamento. Aliás, o zagueiro Paulo André tem aproveitado bem as oportunidades, demonstrando segurança na defesa e até desenvoltura no ataque.
O palco está pronto, a torcida entusiasmada – sinal de casa cheia no Alto da Glória. Só resta agora esperar por mais um belo espetáculo!

José Donizetti Morbidell
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 15 de setembro de 2009

COMO MANO MENEZES PODE UTILIZAR O JOGADOR EDNO

Depois de todo o imbróglio envolvendo a contratação do jogador Edno pelo Corinthians, finalmente o martelo foi batido e Mano Menezes pode contar com mais um reforço para seu já forte elenco. A questão agora é como encaixá-lo no esquema tático da equipe, já tão bem definido – pelo menos na cabeça do treinador.

Das peças perdidas na janela de transferência – Cristian, André Santos e Douglas –, apenas a da lateral esquerda ainda não foi reposta – e, provavelmente não será até o fim da temporada. Marcelo Oliveira é a opção mais variável para ocupar a posição, embora Marcinho, Escudero e o também lateral direito Balbuena corram por fora. Edno pode se tornar mais uma alternativa como ala, embora ele próprio admita que seu rendimento não é o mesmo quando atua como meia-atacante.

No meio de campo, a concorrência é ainda mais acirrada: Marcelo Mattos, Jucilei, Elias, Edu, Defederico. Edno vai ter que suar a camisa para descolar uma vaga. A hipótese mais viável, então, é mesmo o ataque: mas Dentinho é o xodó da torcida, e Jorge Henrique uma peça fundamental – o baixinho atua tanto como atacante como defensor. É bem provável,então, que Edno ocupe o lugar do Fenômeno – quando este não jogar, naturalmente!
Enquanto muitos treinadores reclamam da fragilidade do elenco, Mano Menezes tem motivos de sobra para comemorar. Contudo, é bom que ele saiba administrar bem a situação, evitando assim aquelas ciumeiras que são tão comuns no futebol.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CELULAR, INTERNET, COMPANHEIRO PEIDANDO NO QUARTO, PÔQUER – AFINAL, O QUE OS JOGADORES FAZEM NAS CONCENTRAÇÕES?

"Bola na trave não altera o placar; bola na área sem ninguém pra cabecear; bola na rede pra fazer o gol, que não sonhou em ser um jogador de futebol." Pois é, como diz a música da banda mineira Skank, todo mundo sonha em ser jogador de futebol. Dinheiro, fama, carros importados, mulheres, concentrações! Espera ai, concentração não! Afinal, quem é que gosta de passar uma, duas, três semanas confinados num hotel dividindo o quarto com marmanjos? O próprio atacante Ronaldo já chegou a afirmar que se "concentração fosse bom, o time do presídio seria sempre campeão", e que "a pessoa passa mais tempo com o companheiro, que está ali peidando do seu lado, do que com a própria família". Já, para o treinador Mano Menezes, concentrações são importantes para que os comandados possam exercitar melhor, treinar melhor, alimentar melhor... Mas o que os jogadores fazem para matar o tempo nas concentrações, quando, é claro, não estão treinando?

Celular – imagina a conta de um cara como o Ronaldo –, internet e jogos eletrônicos são disparados os campeões de audiência. A televisão também ajuda, principalmente em dias de jogos. Já, para o elenco alvinegro, que passou a última semana em Itu, interior de São Paulo, foi o pôquer que entreteve boa parte da moçada. E nesse quesito, nada das arrancadas de Elias, dos dribles desconcertantes de Dentinho, da mira certeira de Chicão, das arrancadas de Ronaldo – no carteado, o dono do jogo é Paulo André!

E na avaliação do próprio zagueiro, quem tem muito que aprender ainda é o recém-contratado Matias Defederico. Bastante descontraído nas entrevistas, enturmado com os companheiros, mas meia boca no baralho. Não importa, o que a torcida corinthiana espera é que o que falta para o argentino no pôquer sobre dentro de campo; afinal, é ali que os pontos realmente valem alguma coisa!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MATEMÁTICA DO BRASILEIRÃO: 75 PONTOS PARA O TÍTULO

Depois da 23ª rodada do Brasileirão, o Corinthians soma 36 pontos, e se quiser chegar ao título terá que conquistar mais 39; ou seja, 13 vitórias nos 15 jogos restantes. Afinal, dificilmente o time que alcançar 75 pontos deixará escapar o título.

Acompanhe os campeões e as respectivas pontuações desde que foi instituído o modelo por pontos corridos:

2003 (24 equipes) / Campeão: Cruzeiro, com 100 pontos
2004 (24 equipes) / Campeão: Santos, com 89 pontos
2005 (22 equipes) / Campeão: Corinthians, com 81 pontos
2006 (20 equipes) / Campeão: São Paulo, com 78 pontos
2006 (20 equipes) / Campeão: São Paulo, com 77 pontos
2008 (20 equipes) / Campeão: São Paulo, com 75 pontos

Nas três últimas edições do campeonato, todas com 20 participantes – número considerado ideal pela CBF –, a pontuação máxima jamais passou dos 78 pontos. E levando-se em consideração o equilíbrio deste ano e a pontuação obtida pelo líder do primeiro turno (Internacional, 37 pontos), certamente o time que alcançar 75 pontos pode soltar o grito de "é campeão".

A cada rodada a tendência é que a disputa vá se afunilando cada vez mais. Palmeiras, Internacional, São Paulo, Goiás, Atlético Mineiro, Corinthians: desse grupo sai o Campeão Brasileiro de 2009. Se não tivesse disputado algumas rodadas com o time praticamente reserva – em virtude da Copa do Brasil –, provavelmente o Corinthians estaria entre os líderes da competição. Entretanto, nem tudo está perdido, e é de olho nessa matemática que o técnico Mano Menezes deve se orientar para atingir seu objetivo máximo no: o pentacampeonato nacional. Se conseguir, podem erguer uma estátua em sua homenagem no Parque São Jorge – independente de Libertadores no ano do centenário.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

QUAL O DESTINO DO ATACANTE EDNO?

No Canindé, ele não joga mais; isso é um fato! A própria Portuguesa concorda em negociá-lo – a prioridade ainda é o futebol europeu, mas com o fim da janela de transferências, o destino momentâneo do atacante Edno deverá ser mesmo um clube nacional, mais precisamente de São Paulo, mais especificamente ainda o Corinthians.

No Santos – outro interessado no atacante –, ele não joga! É o que afirmam os dirigentes lusitanos; tudo por causa de uma perrenha antiga envolvendo a transferência de Ricardo Oliveira – aliás, por ele onde anda? – para a Vila Belmiro. O Flamengo também chegou a demonstrar interesse, mas parece ter se retirado do páreo devido à forte concorrência do trio de ferro paulista.

Afinal, qual o destino do atacante Edno? Corinthians, Palmeiras ou São Paulo? O destino mais provável parece ser mesmo o Parque São Jorge – pelo menos a proposta alvinegra é a que mais tem agradado o jogador e a própria Portuguesa. E ainda, o bom relacionamento que existe entre as diretorias dos times da Marginal Tietê pode facilitar as coisas.

Entretanto, uma coisa é certa: seja qual for o destino de Edno – Corinthians, Palmeiras ou São Paulo, ele chega para esquentar o banco de reservas. Ou alguém acha que ele ocuparia o lugar de Ronaldo, Vagner Love ou – quem é mesmo o atacante saopaulino? É bom o jogador começar a se acostumar; afinal, mesmo criticado pela torcida, na Lusa a matemática sempre foi Edno + 10.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

SEM ESTÁDIO PARA A COPA!

Pode até haver uma certa prepotência e preciosismo por parte da FIFA, mas praticamente nenhum dos estádios brasileiros reúnem condições para receber jogos da Copa do Mundo. A Arena da Baixada, em Curitiba, é o que está mais próximo do nível ideal aceito pela entidade máxima do futebol mundial, e mesmo assim passa por profundas reformas – incluindo aumento de sua capacidade de público.
Dilema sem precedentes acontece com o Morumbi, o maior estádio particular do mundo e do qual os saopaulinos tanto se gabam. Quem vê o gigante palco à distância ou pela televisão com seu suntuoso anel superior, não imagina que ali dentro as coisas são bem disformes – para não dizer ultrapassadas. Só que, aos olhos da FIFA, nada passa despercebido. A começar pelos "pontos cegos" – de onde praticamente não se vê a cor da boa –; passando pelos banheiros mal cuidados e arquibancadas desconfortáveis.

Isso é apenas o começo de um mundaréu de problemas. Sua localização – numa região super valorizada, mas extremamente distante – é sempre uma dor de cabeça para os que se aventuram a voltar de ônibus para casa após os jogos – quem faz a festa e enche os bolsos com isso são os donos de lotações –; já os que dispõe de condução própria, sofrem por falta de estacionamento e risco de assalto.

A diretoria tricolor, com aquela prepotência desmedida peculiar à maioria de seus membros, quer por que quer convencer a Fifa que é possível adequar o estádio para a Copa, e haja plantas, maquetes, corel draw, autocad, e power point. E quatro anos podem passar num piscar de olhos!

Diante de todo esse imbróglio, ou o maior centro econômico e financeiro do país fica de fora da Copa do Mundo, ou então se constrói um novo estádio. E nisso, o Corinthians, que sempre sonhou com uma grande arena para comportar sua enorme torcida, pode se beneficiar – ainda mais tendo como torcedor o presidente da República.

Qualquer país que preiteie sediar uma Copa do Mundo tem que colocar a mão no bolso. Mas de onde vem tanto dinheiro? Bingo! Recursos públicos, não somente em São Paulo mas em todas as demais cidades-sedes. Por outro lado, não foi esse mesmo dinheiro público que tornou possível a construção do Cícero Pompeu de Toledo, em plena ditadura militar. Portanto, pensem nisso antes de cobrar do Corinthians qualquer favorecimento por parte dos Poder Público!


José Donizetti Morbidelli

Jornalista

terça-feira, 8 de setembro de 2009

CINCO DIAS EM ITU PARA DESLANCHAR NO BRASILEIRÃO

Pequena no tamanho, mas gigannnnnnnnte na cultura, a cidade de Itu é, historicamente, sinônimo de exagero. Lá, tudo é grande, inclusive as pretensões de seu mais ilustre visitante: O Sport Club Corinthians Paulista. E mais uma vez a cidade se prepara para receber a delegação o Timão para uma mini pré-temporada de cinco dias.

Com as mentes descansadas depois de um feriado prolongado, e motivados pela vitória contra o Santos na semana passada, é na tranquilidade do interior paulista que os corinthianos apostam suas fichas para deslanchar na reta final do Brasileirão. Para manter vivo o sonho da tríplice coroca, o Corinthians precisa somar pontos e mais pontos – dos 15 jogos a serem disputados, o time terá que vencer de 12 a 13 para chegar à liderança. Uma tarefa e tanto, mas longe de ser impossível!

Localizado na zona rural da cidade, cercado de muito verde e protegido por muros altíssimos, o Spa Sport – ou quartel general de Mano Menezes – também é equipado com toda a infraestrutura para condicionamento físicos, treinamentos técnicos e táticos. Um verdadeiro centro de treinamentos em meio à natureza.

O próximo compromisso pelo campeonato será dia 16, no Couto Pereira, contra o Curitiba. Um excelente teste para os comandados de Mano Menezes comprovarem que estão realmente preparados para a maratona que só termina no mês de dezembro, e agigantados – como sugere a história e a cultura da pequena Itu.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

CINEMA, PARQUE, CHIMARRÃO: O QUE FAZER NO FIM DE SEMANA PROLONGADO?

As mudanças solicitadas pela TV Globo e acatadas pela CBF em relação aos compromissos do Timão no Brasileirão tem deixado a moçada com sorriso de orelha a orelha; afinal, o time de Mano Menezes vai poder desfrutar de uma folga prolongada, sem treinos, sem imprensa, sem concentrações – coisa rara para os profissionais que vivem do futebol.
O Corinthians só volta a jogar no dia 16 de setembro contra o Coritiba, quando todos os demais participantes já terão cumprido a 24ª rodada. Bom; afinal o time entrará no Couto Pereira ciente da posição que ocupará na tabela em caso de vitória – que é o objetivo do grupo nessa fase de definições da competição.

Na próxima semana, Mano Menezes e seus pupilos viajam para a cidade de Itu, no interior paulista, para uma mini pré-temporada. Mas a questão, por enquanto, é: o que fazer nesse fim de semana prolongado: tomar uma cervejada no Charme, na Augusta; curtir uma balada na tradicional danceteria Love Story? Melhor não! Para que o time continue afinado e os atletas não saiam do prumo, a dica é um cineminha; um passeio no parque com a namorada – sem qualquer medo da abordagem dos torcedores, a não ser para pedir autógrafos –; no caso de Mano Menezes um oguinho no pay per view, fazendo anotações, secando os adversários e acompanhado de uma cuia de chimarrão escaldante. Enfim, que cada um curta à sua maneira, mas com muita consciência e responsabilidade.


José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

OQUE ACONTECE COM O ATACANTE SOUZA?

Esforçado, boa praça, enturmado com o pessoal, mas o atacante corinthiano Souza - aquele mesmo que cansou de balançar as redes pelo Goiás em 2006 e que também deixou sua marca de artilheiro no Flamengo - parece ter mesmo perdido o faro do gol. E ele não pode reclamar das oportunidades no Timão, tanto pela contusão do titular Ronaldo - que o coloca como a primeira opção entre os suplentes de Mano Menezes - como também pelas chances claras que têm surgindo durante as partidas.

Desde que foi contratado pelo Corinthians no começo do ano - e a preço de ouro -, Souza marcou apenas quatro gols (dois em cobranças de pênaltis), muito pouco para quem chegou credenciado para a disputa da artilharia na temporada.

Paciência fiel! Se muitos acham ruim com ele, pior sem ele. Afinal, mesmo perdendo tantos gols, Souza faz bem a função de pivô para a chegada dos homens de trás. E como futebol é parecido com andar de bicicleta - não dá para esquecer de uma hora para outra -, vai chegar uma hora que as bolas do camisa 43 começarão a entrar e como isso fazer jus ao investimento de 170 mil pilas mensais. Na surdina, no entanto, correm o ex-Bugrino Henrique e o ex-Bragantino Bill, mais modestos nos salários mas com tanta fome de gols como qualquer outro.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

RELEMBRANDO O MASSACRE CORINTHIANO DE 2005

Primeiro minuto de jogo: bobeira santista na entrada da área, Rosinei rouba a bola, toca para Tevez e recebe de volta para abrir o placar. Explosão da galera alvinegra, mas nenhum dos mais de 20 mil torcedores que estiveram no Pacaembu em 06/11/2005 imaginava que aquele gol relâmpago seria apenas o início de um verdadeiro massacre corinthiano sobre o time da Vila Belmiro.

O Peixe até tentou equilibrar as ações ainda no início do jogo, tanto que chegou ao empate, mas logo a dupla Tevez e Nilmar – com nomes tão díspares, eles jamais emplacariam como dupla sertaneja, mas como atacantes fizeram misérias com os adversários – virou o centro das atenções no velho Paulo Machado de Carvalho. Com três gols do primeiro e dois do segundo, eles conduziram o Timão a uma goleada histórica (7x1), que até hoje respinga lamentos na Baixada.
Pior que o Santos não era nenhum timeco e contava com jogadores tarimbados, como os laterais Paulo César e Kleber, os meias Ricardinho e Giovani, além do atacante Luizão. Acontece que, naquela tarde, poderia ser o Real Madrid, o Barcelona ou o Manchester United – qualquer um seria presa fácil!

Nessa quarta-feira, quatro anos mais tarde, os times se encontram novamente no mesmo Pacaembu com a chance de se aproximarem do bloco da frente do Brasileirão. Se o Corinthians ainda sonha com o título, chegar à Libertadores para o Santos já será um grande lucro. A festa está armada, o palco está pronto, e apesar de que no futebol tudo pode acontecer – ainda mais em se tratando de um clássico –, é bom a fiel manter os pés no chão. Afinal, dificilmente um raio cai duas vezes no mesmo lugar.


José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

terça-feira, 1 de setembro de 2009

FATOS HISTÓRICOS OCORRIDOS EM 1910

Alguns fatos históricos ocorridos no ano de 1910: depois de sofrer perseguições por parte do governo chinês, o 13º dalai lama – líder budista – foge do Tibete para a Índia; morre em Astapovo, na Rússia, o pacifista Liev Tolstói, um dos maiores escritores de todos os tempos; Thomas Edison inaugura publicamente seu kinetófono – cinematógrafo munido com som –; nasce na República da Macedônia Agnes Gonxha Bojaxhiu – ou melhor, Madre Teresa de Calcutá –, um dos maiores exemplos de solidariedade e amor ao próximo que o mundo já conheceu; chega ao Brasil a Congregação Cristã, igreja pentecostal de origem norte-americana; após assistirem a uma partida de futebol de um time inglês, cinco operários fundam, em São Paulo, o Sport Clube Corinthians Paulista.

Noventa e nove anos de história, milhões de torcedores e dezenas de títulos: Mundial de Clubes da Fifa, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa do Brasil, Campeonato Paulista, Torneio Rio-São Paulo, Pequena Taça do Mundo (Venezuela), Copa Cidade de Turim (Itália), Copa das Nações (Estados Unidos), Troféu Ramón de Carranza (Espanha) – só para citar alguns e desmistificar essa história de que o Corinthians não tem passaporte.

Difícil, entre tantas conquistas, apontar a mais importante: para alguns, o Campeonato Paulista de 1977, que marcou o fim de um jejum “interminável” de 23 anos; para outros o Campeonato Brasileiro de 1990 e a explosão de Neto – o eterno xodó da fiel – com a camisa alvinegra; outros ainda apontam o Campeonato Brasileiro de 1999, quando nas semifinais, a muralha Dida desconcertou o saopaulino Raí defendendo dois pênaltis quase que simultâneos; e ainda o primeiro Mundial de Clubes protocolado pela Fifa, disputado no Maracanã em 2000.

Aliás, o Maracanã faz parte da história do time. Quem esteve no Mário Filho na semifinal do Brasileiro de 1976 pode testemunhar a maior invasão protagonizada por uma torcida visitante na história do futebol mundial – 75 mil corinthianos coloriram as arquibancadas de preto e branco. Na final, o título ficou com o Inter, mas a invasão se tornou patrimônio do clube de Parque São Jorge e da própria história do futebol brasileiro.

Muitos falam da Copa Libertadores, claro uma competição importante e que iria coroar ainda mais uma história tão gloriosa. Mas a principal conquista não é o Brasileiro, a Copa do Brasil, o Paulista, o Mundial ou a Libertadores da América. A principal conquista será sempre a próxima! Parabéns, Corinthians.


José Donizetti Morbidelli

Jornalista