O Peixe até tentou equilibrar as ações ainda no início do jogo, tanto que chegou ao empate, mas logo a dupla Tevez e Nilmar – com nomes tão díspares, eles jamais emplacariam como dupla sertaneja, mas como atacantes fizeram misérias com os adversários – virou o centro das atenções no velho Paulo Machado de Carvalho. Com três gols do primeiro e dois do segundo, eles conduziram o Timão a uma goleada histórica (7x1), que até hoje respinga lamentos na Baixada.
Pior que o Santos não era nenhum timeco e contava com jogadores tarimbados, como os laterais Paulo César e Kleber, os meias Ricardinho e Giovani, além do atacante Luizão. Acontece que, naquela tarde, poderia ser o Real Madrid, o Barcelona ou o Manchester United – qualquer um seria presa fácil!
Nessa quarta-feira, quatro anos mais tarde, os times se encontram novamente no mesmo Pacaembu com a chance de se aproximarem do bloco da frente do Brasileirão. Se o Corinthians ainda sonha com o título, chegar à Libertadores para o Santos já será um grande lucro. A festa está armada, o palco está pronto, e apesar de que no futebol tudo pode acontecer – ainda mais em se tratando de um clássico –, é bom a fiel manter os pés no chão. Afinal, dificilmente um raio cai duas vezes no mesmo lugar.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
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