"Bola na trave não altera o placar; bola na área sem ninguém pra cabecear; bola na rede pra fazer o gol, que não sonhou em ser um jogador de futebol." Pois é, como diz a música da banda mineira Skank, todo mundo sonha em ser jogador de futebol. Dinheiro, fama, carros importados, mulheres, concentrações! Espera ai, concentração não! Afinal, quem é que gosta de passar uma, duas, três semanas confinados num hotel dividindo o quarto com marmanjos? O próprio atacante Ronaldo já chegou a afirmar que se "concentração fosse bom, o time do presídio seria sempre campeão", e que "a pessoa passa mais tempo com o companheiro, que está ali peidando do seu lado, do que com a própria família". Já, para o treinador Mano Menezes, concentrações são importantes para que os comandados possam exercitar melhor, treinar melhor, alimentar melhor... Mas o que os jogadores fazem para matar o tempo nas concentrações, quando, é claro, não estão treinando?
Celular – imagina a conta de um cara como o Ronaldo –, internet e jogos eletrônicos são disparados os campeões de audiência. A televisão também ajuda, principalmente em dias de jogos. Já, para o elenco alvinegro, que passou a última semana em Itu, interior de São Paulo, foi o pôquer que entreteve boa parte da moçada. E nesse quesito, nada das arrancadas de Elias, dos dribles desconcertantes de Dentinho, da mira certeira de Chicão, das arrancadas de Ronaldo – no carteado, o dono do jogo é Paulo André!
E na avaliação do próprio zagueiro, quem tem muito que aprender ainda é o recém-contratado Matias Defederico. Bastante descontraído nas entrevistas, enturmado com os companheiros, mas meia boca no baralho. Não importa, o que a torcida corinthiana espera é que o que falta para o argentino no pôquer sobre dentro de campo; afinal, é ali que os pontos realmente valem alguma coisa!
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
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