
Contudo, nada justifica a invasão de campo por parte de um torcedor - se bem que esse não merece ser chamado de torcedor -, arremesso de objeto no gramado - sabe-se lá de que torcida - e, principalmente, o acintoso protesto por parte do goleiro Felipe, que se absteve de ir para a bola na cobrança da penalidade máxima e, ironicamente, bateu palmas para o árbitro e inflamou a torcida alvinegra.
Acima de tudo e, independente de se sentir prejudicado, Felipe trabalha para o clube e deve honrar a camisa que veste. Defender ou não um pênalti é um detalhe, mas não se esforçar para isso - há quem diga que ele foi pego no contra-pé, mas não há argumentos que refutem a imagem - é um pouco exagerado. E mais: pegar um pênalti para qualquer goleiro tem a mesma emoção de um gol marcado por qualquer jogador de linha.
Grande profissional, bom caráter, ídolo da torcida, enfim, não faltam adjetivos para qualificar o arqueiro corinthiano, mas dessa vez ele marcou um gol contra. Ainda bem que, para a fiel torcida, tudo era motivo de festa. Afinal, longe dali os rivais praticamente davam adeus ao título.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net
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