quarta-feira, 4 de novembro de 2009

É PRECISO MAIS CAUTELA DO QUE CONVENIÊNCIA PARA CONTRATAR

Não sei se é para o corinthiano ficar feliz ou preocupado com os nomes que estão sendo ventilados no Parque São Jorge como eventuais reforços para a próxima temporada. Convém analisar cada um individualmente: o volante Ralf, do Barueri, seria um bom reforço, já que Marcelo Mattos ainda não rendeu o que se espera e Moradei - rapaz boa praça - é fraquinho; Júlio César cairia como uma luva na lateral esquerda, principal carência do time; Iarley é craque, indiscutível. Borges já demonstrou, no próprio São Paulo, que tem problemas em esquentar o banco; Tcheco entraria no lugar de quem, na reserva de Defederico que, por sua vez, seria reserva de Riquelme? Por fim, contratar o espanhol Guti é o mesmo que jogar dinheiro pelas janelas, além de congestionar ainda mais o meio de campo - Jucilei, com os pés amarrados, é melhor do que ele, e muito mais jovem!

Depois de ser iludida - mesmo que tenha sido por investidores e não pela diretoria - a fiel não pensa em outro nome para vestir a camisa 10 do Timão senão o do argentino Riquelme. Zé Roberto, que tem brilhado do Hamburgo, seria uma bela opção caso a contratação do hermano fracassasse.

De agora em diante, as atenções no futebol brasileiro estarão divididas entre os times que ainda disputam o título, os que tentam escapar do rebaixamento e as especulações sobre reforços - como é o caso do Corinthians. Certamente outros nomes surgirão, mas é preciso muita cautela - talvez até mais cautela do que conveniência. Contratar jogador só por estar em fim de contrato pode ser muito arriscado; é preciso repor as peças nas posições mais carentes. E no Timão, as posições mais críticas ainda são aquelas provocadas pelas saídas de Cristian, André Santos e Douglas. Nossa, até quando vamos continuar citando esses nomes?!

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

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