quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A COPA SUL-AMERICANA PRECISA SER MAIS VALORIZADA

No início, a Copa Libertadores da América, cuja primeira edição foi disputada em 1960, não passava de um simples torneio disputado por sete clubes sulamericanos - o Peñarol, do Uruguai, sagrou-se campeão. Em 1961, o número de participantes aumentou para nove, e mais uma vez a equipe uruguaia foi a vencedora. Seguiram-se dois títulos do Santos (1962 e 1963) - os únicos de sua história, ainda com um inexpressivo número de equipes. De lá para cá, a Libertadores se tornou a principal competição de futebol do continente, e uma verdadeira obsessão para muitos clubes.

Em 2002, nos mesmos moldes, ou seja, sem muita representatividade, surgiu a Copa Sul-Americana, que elevou o argentino San Lorenzo ao status de campeão daquele ano. Nesses oito anos de disputa regular, nenhuma equipe brasileira ainda levou a competição a sério, tanto que geralmente são escalados jogadores reservas a fim de não atrapalhar a competição nacional disputada simultaneamente.

Contudo, se a Sul-Americana seguir o mesmo caminho já trilhado pela Libertadores, vai chegar um dia em que muitos times estarão se matando pelo caneco. E talvez seja tarde demais, ou difícil demais. Portanto, está mais do que na hora dos clubes brasileiros darem mais atenção ao torneio; afinal, não deixa de ser uma competição internacional, que dá visibilidade e recheia os cofres. E, como na Libertadores, os argentinos também já se posicionaram à frente entre os vencedores, com quatro conquistas . Quanto aos brasileiros, por enquanto somente o Internacional sentiu o gostinho de levantar a taça.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

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