quinta-feira, 29 de abril de 2010

COMO SE DIZ NO INTERIOR, COM PENA O PORQUINHO NÃO MORRE

Dizem no interior que quando um porco demora a morrer, é porque alguém está com pena do bichinho. Não estou sugerindo que o atacante Ronaldo tenha nutrido o mesmo sentimento pelo time que ele declara seu amor desde a infância - afinal, antes de tudo o Fenômeno é profissional e defende as cores do Corinthians -, mas que sua performance no Maracanã foi lastimável, isso foi. Ainda fora de forma, o atacante apanhou até das próprias canelas.

Depois de um primeiro tempo inexistente, com um gramado encharcado e absolutamente inadequado para a prática do futebol, cariocas e paulistas até que fizeram a bola rolar na etapa complementar. E quem vibrou primeiro foi a galera alvinegra, depois da expulsão do meio-campista Michael. Aliás, se o Flamengo disponibilizou somente 2500 ingressos para a torcida visitante, como explicar a presença de mais de 8 mil corinthianos no estádio? Literalmente, foi uma nova invasão - claro, em menor escala se comparada com 1976, pelas semifinais do Brasileiro, e com 2000, pelas finais do Mundial.

Com superação e méritos - diga-se de passagem -, o Flamengo mereceu o resultado, mas aquela chance de cabeça desperdiçada por Adriano pode fazer muita falta. Com dois a zero no placar, dificilmente os cariocas deixariam escapar a classificação. Agora, um novo capítulo está marcado para a próxima quarta-feira, com um Pacaembu lotado e ensurdecedor. Apesar da vantagem rubro-negra, a vaga ainda permanece em aberto. Mas, voltando à história do porquinho, não pode ter dó senão já era.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

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