
Não é nenhuma surpresa que o Corinthians iria penar para trazer um bom resultado para o Parque São Jorge, e as amostras do sofrimento começaram logo no início com um pênalti assinalado - e que realmente aconteceu - por Jorge Henrique de Carvalho. Em tarde inspirada como nos melhores momentos de sua jovem carreira, lá estava Felipe fechando o gol alvinegro e enchendo a fiel de esperança de que aquela poderia ser uma jornada corinthiana. Mas eis que surge o "endiabrado" Neymar - endiabrado no bom sentido, pois o garoto é evangélico -, que se redime do pênalti perdido e abre o placar para os anfitriões. Até que a história do clássico poderia ser contada de outra maneira se minutos antes o chute de Dentinho, num contorcionismo genial, não tivesse parado nas mãos do arqueiro santista. Seria mais um gol de placa no clássico dos gols bonitos- quem não se lembra de Marcelinho Carioca, que mereceu até placa de Pelé; ou então, mais recentemente, de Ronaldo.
Não fossem as expulsões do lateral Moacir - merecida - e de Roberto Carlos - um equívoco lamentável da arbitragem -, o Timão poderia ter tido uma melhor sorte na partida. Por outro lado, o Peixe, com dois a mais em campo, perdeu a chance de, se não devolver, pelo menos chegar perto do "eterno 7x1", como a massa alvinegra sempre faz questão de provocar.
Parabéns ao Santos que, com futebol moleque e eficiente, dessa vez levou a melhor. E por que também parabenizar ao Corinthians, pela superação no segundo tempo; repito, segundo tempo! Depois de mais uma página virada, é muito provável que até o final do campeonato os rivais se encontrem novamente; daí a história tem tudo para fazer novos vilões e novos heróis.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net
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