quinta-feira, 13 de agosto de 2009

ALL YOU NEED IS "LOVE" - VÁGNER LOVE

Em 2005, ele chegou a convocar até uma coletiva de imprensa num Shopping Center de São Paulo praticamente falando como jogador do Corinthians. Camisas com seu nome já desfilavam entre os torcedores, tudo porque Mr. Kia Joorabchian, com os dólares da MSI, prometia montar uma verdadeira seleção vestida com o manto alvinegro – e sem ser hipócrita, pelo menos por uma temporada a fiel torcida pediu autógrafos ao iraniano e viu a dupla Tevez e Nilmar fazer misérias com as defesas adversárias.

Agora, mesmo com MSI a anos-luz de distância do Parque São Jorge, o nome de Vágner Love – o artilheiro do amor – voltou a ser cogitado para reforçar o Timão. Segundo consta, a iniciativa de retorno ao Brasil partiu do próprio jogador, que atuando pelo CSKA praticamente dá adeus a qualquer possibilidade de ser convocado por Dunga para a Copa do Mundo de 2010.

Embora, como sempre, o Corinthians não confirme o interesse, há informações de que representantes do jogador estariam se reunindo com dirigentes do time para tentar viabilizar sua contratação – o duro é convencer os russos. A segunda batalha, ainda mais árdua, seria ganhar a queda de braço contra o rival Palmeiras, que divulgou publicamente o interesse em contar com o atacante para a sequência do campeonato.

Apesar da falta de dinheiro também ser uma realidade que impede o Palestra de fazer grandes contratações, contam a seu favor alguns detalhes que podem ser decisivos: foi lá que o jogador se formou, e o time de Muricy não tem nenhum fenômeno no ataque – nos 3x0 contra o Corinthians em Presidente Prudente, Obina foi fenomenal, um sonho alviverde, mas que durou apenas 90 minutos.

Pelo jeito, Corinthians-Love-Palmeiras é mais uma dessas novelas futebolísticas sem data estipulada para o último capítulo. Uma trama em que, na maioria das vezes, o final não é feliz para nenhuma das partes; pois quase sempre aparece um “príncipe encantado” com uma mala cheia de euros ou petrodólares e acaba com o sonho dos “mocinhos” sulamericanos. E contra o dinheiro, nem mesmo a seleção de Dunga é capaz de competir.


José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br

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