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"Para sair do Palmeiras agora, só por cima do meu cadáver", foram as palavras do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, diante do imbróglo envolvendo as eventuais saídas de seus principais jogadores - Cleiton Xavier, Diego Souza e Pierre.
É claro que, por trás dessa declaração, tem o dedo do recém-contratado Muricy Ramalho. Além de carregar o status de um dos mais vitoriosos treinadores do país, ele não teria aceito dirigir o Palestra sem garantias efetivas da diretoria e dos investidores de manter o elenco, pelo menos até o final do ano.
E pelo jeito, a parceira Traffic parece ter aprendido como gerenciar futebol e está disposta a esperar por um momento mais oportuno para recuperar os investimentos - em caso de título, o lucro será muito maior. O caso mais complicado, no entanto, é do volante Pierre que, aos 28 anos, pode estar perdendo sua última oportunidade de se transferir para o exterior e conquistar aquilo que os jogadores chamam de "independência financeira" - como se aqui eles ganhassem salário mínimo . Em contra-partida, seria um absurdo negociá-lo pela ninharia que tem sido oferecida. Mas se é pelo bem da nação alviverde, Pierre diz que quer ficar.
Se as vendas recentes de André Santos, Cristian e Douglas atingiram o Corinthians como uma tempestade, pelo jeito no Parque Antártica o efeito parece não ser nada mais do que uma simples marolinha.
Agora, uma coisa que não entendo: Por que é tão difícil para o Timão segurar seus atletas, e o rival consegue essa proeza sem tanto esforço, bastando meia dúzia de palavras para convencer seus investidores? Será que os dirigentes alviverdes são mais competentes que os alvinegros? Talvez o que esteja faltando é o tão antigo, mas ainda impressindível, "bom diálogo".
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
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