Importante na campanha invicta do Campeonato Paulista, mas foi na conquista do Tricampeonato da Copa do Brasil que ele mais se notabilizou. Jorge Henrique é daquele jogadores que cumprem à risca as determinações dos comandantes; que ocupa todos os espaços como se encurtasse as dimensões do campo; que com uma garra impressionante contagia a torcida e os próprios companheiros; que auxilia a defesa e alimenta o ataque. Não é à toa que caiu no gosto do treinador – que não cansa de elogiá-lo – e nas graças da exigente torcida alvinegra – que grita seu nome a plenos pulmões em dias de jogos. E aqueles torcedores desconfiados que antes franziam as sobrancelhas, são obrigados a admitir: o cara é bom!
Desde sua vinda para o Parque São Jorge, no início da temporada, Jorge Henrique fez do Internacional sua principal vítima. Em três jogos – dois pela Copa do Brasil e um pelo Brasileirão – o carioca, agora mais paulistano do que nunca, balançou as redes coloradas em três oportunidade – a última foi bastante contestada, mas como chorar faz parte do jogo, então o negócio é correr para o abraço.
Mesmo sem beijo no distintivo ou declarações de amor que nem sempre soam verdadeiras, o atacante parece mesmo fazer da camisa alvinegra sua segunda pele – como dizia Marcelinho Carioca. Titular absoluto e gozando de enorme prestígio, certamente dessa pele vai ser muito difícil ele se desprender.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
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