No ano passado, o Corinthians era o centro das atenções – em algumas rodadas, a própria TV Globo ignorou jogos da Série A para mostrar o time do Parque São Jorge. Estádios lotados, cofres abarrotados, ambiente festivo, vitórias, vitórias, vitórias... E a caravana de Mano Menezes arrastava multidões pelo país afora. Não deu outra, o time se sagrou campeão com várias rodadas de antecedência e comemorou o retorno à elite do futebol nacional como quem ganha um torneio intercontinental.
As expectativas para esse ano eram as melhores possíveis, e se confirmaram no primeiro semestre – Campeão Paulista invicto, e brilhante conquista na Copa do Brasil – o Corinthians seguiu a receita de quem quer ser campeão, marcou gols em todos os jogos fora de casa e não sofreu nenhum no Pacaembu. Mas hoje, a menos de dois meses desde a conquista em pleno território colorado (Beira-Rio), o futebol do time é irreconhecível: indefinição na defesa, lentidão na saída de jogo, ineficiência no ataque – injusto é a torcida pegar no pé do jovem Bill, que acabou de chegar e, diga-se de passagem, não é nenhum fenômeno.
Muitas têm sido as críticas destinadas à diretoria pela venda de suas principais peças, mas o próprio Mano Menezes, insatisfeito com as perdas de André Santos, Cristian e Douglas, engrossa a voz que vem das arquibancadas. "Com aquele time era possível brigar pelo título; com esse, não é", afirmou em tom de desabafo após a derrota no Maracanã. Aliás, lindo, com 50 mil torcedores fazendo uma festa que só as duas maiores torcidas do Brasil podem proporcionar. Mas dessa vez apenas uma comemorou.
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