
Sem medo de dividida e sem vergonha de dar chutão, o time que não ganhava há cinco rodadas não teve dificuldades para "cozinhar" o Galo. Falar que Jucilei - improvisado pela ala direita - jogou bem é "chover no molhado"; mas ele não protagonizou sozinho o espetáculo: zaga precisa; meio-campo consistente, com Elias muito bem atuando em sua posição original; e ataque endiabrado - Dentinho e Jorge Henrique deixaram a defesa atleticana em polvorosa. Enfim, apesar do receio que pairava em cada um dos 21 mil torcedores que comparecem ao estádio, tudo aconteceu como a fiel esperava.
Com a substituição de Edu, contundido ainda no primeiro tempo, por Moradei, o time acabou ganhando ainda mais consistência na marcação e anulou qualquer tentativa de investida dos mineiros. Novamente o centroavante escalado por Mano Menezes - dessa vez, Henrique - não balançou as redes (até balançou, mas o gol foi anulado) -, mas teve participação importante, principalmente ao recuperar a bola no segundo gol - e que golaçooo de Boquita.
Agora o Timão soma 28 pontos e nove o separa do líder Palmeiras; ou apenas três rodadas para os mais otimistas. Mais importante, entretanto, do que essa diferença é o resgate da motivação do grupo, acomodado desde a conquista da Copa do Brasil. Uma postura que enche a fiel de esperança pela conquista da tríplice coroa.
Será que ainda dá tempo? A próxima partida será no Beira-Rio contra o Internacional, que ainda tem o Corinthians entalado na garganta e vem com sede de vingança - se bem que se trata de outra competição. Jogo difícil, talvez o pior desse segundo turno pelas circunstâncias, mas se os corinthianos mantiverem a mesma atitude, podem perfeitamente voltar a São Paulo com três pontos na bagagem. Daí, e com os reforços que a diretoria tem prometido, vai ser difícil segurar o Timão.
José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário