quarta-feira, 12 de maio de 2010

A LISTA DE DUNGA E OS EFEITOS DA NÃO-CONVOCAÇÃO

Diante da imensa ansiedade de alguns jogadores, que nutriam a esperança - algumas remotas, outras quase convictas - de defender a Seleção Brasileira na África, a dúvida que fica após a divulgação da lista dos convocados - a única surpresa foi a presença do atacante Grafite, do Wolfsburg - é se os preteridos de Dunga continuarão com o mesmo estímulo e desempenho nos seus respectivos clubes, alguns deles envolvidos em disputas eliminatórias por importantes competições. É o caso dos santistas Paulo Henrique e Neymar, que enfrentam o Grêmio pelas semifinais da Copa do Brasil; de Adriano, que tenta fazer o Flamengo avançar na Libertadores; e de Miranda, que defende o São Paulo num jogo dificílimo contra o Cruzeiro, também pela competição continental. Aliás, o zagueiro são-paulino, tão elogiado pelos cronistas esportivos de plantão, deve ser um dos mais decepcionados; afinal, muitas foram suas declarações enfatizando o propósito de ir à Copa.

No Corinthians, o lateral esquerdo Roberto Carlos corria por fora, agarrando-se a uma remota possibilidade de preencher a posição mais carente do futebol brasileiro na atualidade. Nada! Nem ele e nem o ex-corinthiano e companheiro André Santos, que hoje atua pelo Fenerbahce, da Grécia, foram chamados.

Resta agora torcer e aguardar se a decisão tomada pelo treinador foi acertada ou ele deu um tiro no próprio pé. Afinal, as críticas serão severas caso o Brasil não conquiste o hexacampeonato. Até já posso ouvir alguns torcedores cornetando: “eu não disse que ele tinha que levar fulano e sicrano”. Entenda-se por fulano e sicrano, especialmente, os santistas Paulo Henrique “Ganso” e o extrovertido Neymar.

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
jdmorbidelli@estadao.com.br
http://jdmorbidelli.zip.net

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